Google remove Mês do Orgulho LGBTQIA+ e da História Negra de seu calendário; entenda

A mudança no Calendário do Google nos Estados Unidos foi percebida quase instantaneamente pelos internautas na terça-feira (11), quando a empresa removeu do calendário datas comemorativas como o Mês da História Negra, o Mês do Orgulho LGBTQIA+, Dia da Lembrança do Holocausto e o Mês da História das Mulheres, que antes eram listados automaticamente. As informações são da Associated Press.

O Google afirmou que a mudança está em vigor desde 2024. A decisão se deu por que “manter centenas de eventos manualmente e consistentemente globalmente não era escalável ou sustentável”, disse em um comunicado enviado à AP. No entanto, a empresa permite que os usuários adicionem manualmente os eventos.

A remoção se dá em um contexto no qual empresas de tecnologia reavaliam seus compromissos com iniciativas DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão). Isso segue um decreto do presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), que pressiona contratantes do governo a encerrar seus programas de diversidade. Como contratante federal, o Google indicou que estava avaliando as mudanças necessárias.

A medida de Trump que suspendeu o financiamento de programas que promoviam a “ideologia de gênero”, embora não afete diretamente empresas privadas, estabelece critérios para a concessão de contratos federais.

Outras empresas, no entanto, já vinham adotando medidas desde junho de 2024, quando foi ficando mais claro que Trump poderia vencer a eleição nos EUA.

GOOGLE MAPS

A Alphabet também fez alterações no Google Maps, atualizando o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, conforme uma diretriz de Trump. Essa mudança já está em vigor para usuários nos EUA, que agora veem apenas o nome “Golfo da América”.

Usuários em outros países veem ambos os nomes. Empresas como Apple e Microsoft, através do Bing Maps, também adotaram a nova nomenclatura.