Nasa monitora asteroide que tem chance de impacto com a Terra

David Rankin, observador de asteroides da Universidade do Arizona, afirma que, embora esse percentual possa parecer alarmante, não há motivo para pânico.

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 14:47

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Reprodução  Crédito: NASA

Um asteroide classificado como 2024 YR4, segue sendo monitorado por cientistas de todo mundo. A rocha espacial tem o tamanho estimado entre 40 e 100 metros de comprimento. O asteroide foi identificado pelo sistema ATLAS, da NASA, dois dias após passar próximo à Terra no final de dezembro e agora está se afastando rapidamente. Entretanto, simulações indicam há uma chance de 1,3% de colisão com nosso planeta em 22 de dezembro de 2032.

David Rankin, observador de asteroides da Universidade do Arizona, afirma que, embora esse percentual possa parecer alarmante, não há motivo para pânico. “Não é um número que devemos ignorar, mas também não é algo que deva tirar o sono de ninguém”, explica.

A cada nova observação, os astrônomos refinam os cálculos e, normalmente, a probabilidade de impacto tende a cair para zero, como já ocorreu com outros asteroides. A Escala de Turim, que mede o risco de colisão de asteroides, classifica o 2024 YR4 no nível 3, um índice que merece atenção, mas que não indica uma ameaça iminente.

Embora um asteroide desse porte não represente um risco de extinção em massa, os danos locais poderiam ser significativos. Um asteroide de aproximadamente 40 metros foi responsável pela explosão sobre a região de Tunguska, na Sibéria, em 1908, devastando uma área de 2.000 km². Já um objeto de 100 metros poderia destruir parte de uma cidade ou gerar tsunamis caso caísse no oceano.

Os cientistas planejam observar o asteroide até abril deste ano e terão outra oportunidade crucial em dezembro de 2028, quando ele fará uma passagem próxima, mas segura, pela Terra. Se as chances de impacto aumentarem nos próximos anos, existem alternativas viáveis, como a deflexão do asteroide por meio de uma colisão controlada de espaçonaves, estratégia já testada com sucesso pela missão DART, da NASA.

Com o avanço da tecnologia e dos sistemas de rastreamento, a humanidade tem mais recursos do que nunca para lidar com ameaças vindas do espaço. O mais provável é que novos cálculos descartem completamente o risco de impacto, mas, caso contrário, há tempo suficiente para agir.

Com informações de O Globo