Nepal registra 200 mortos em três dias devido a cheias

O Nepal é um país localizado entre a Índia e o Tibete, conhecido por seus templos e pela Cordilheira do Himalaia, onde fica o Monte Everest.

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 12:50

Muitas mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.
Muitas mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

As inundações e os deslizamentos de terra causados por chuvas torrenciais que atingiram o Nepal, especialmente a capital, Katmandu, já deixaram pelo menos 200 mortos, anunciou nesta segunda-feira, 30, o Ministério do Interior nepalês. O Nepal é um país localizado entre a Índia e o Tibete, conhecido por seus templos e pela Cordilheira do Himalaia, onde fica o Monte Everest.

"Segundo os últimos números, 200 pessoas morreram, 127 ficaram feridas e 26 ainda estão desaparecidas", disse o porta-voz do ministério, Rishi Ram Tiwari. Um balanço anterior, divulgado no início da manhã, anunciava 193 mortos e várias dezenas de desaparecidos. Muitas mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.

Pelo menos três ônibus com destino a Katmandu, que haviam ficado presos em engarrafamentos numa autoestrada ao sul da cidade, foram soterrados por um deslizamento de terra que matou pelo menos 35 pessoas. Os esforços de busca e salvamento são intensificados. O Exército nepalês informou que já foram realizadas quatro operações de retirada de pessoas, utilizando helicópteros, lanchas e botes salva-vidas.

"A nossa prioridade é a busca e o salvamento, incluindo pessoas que estão presas nas estradas", disse o porta-voz do Ministério do Interior, acrescentando que são usados tratores e outras máquinas de escavação para limpar as estradas.

As três autoestradas que ligam a capital ao resto do país foram bloqueadas por deslizamentos de terras. A paralisação da rede rodoviária já começou a provocar escassez de produtos hortigranjeiros na capital e aumentos significativos dos preços.

"Normalmente, recebemos 600 a 700 toneladas de legumes todos os dias, mas ontem [no domingo] só recebemos 156 toneladas", disse Binay Shrestha, comerciante de um dos principais mercados de Katmandu. "A produção está disponível, mas bloqueada pelo estado das estradas", acrescentou. Grandes áreas do leste e do centro do país foram atingidas por cheias desde sexta-feira, como também distritos inteiros de Katmandu.

Segundo o Departamento de Hidrologia e Meteorologia, uma estação do aeroporto de Katmandu registrou 240 milímetros de chuva, o nível mais elevado desde 2002. O tempo melhorou hoje, depois de três dias de chuvas de monção, facilitando os trabalhos de resgate e limpeza. Os voos domésticos foram retomados na manhã de domingo para Katmandu, após terem sido totalmente suspensos a partir da noite de sexta-feira, com mais de 150 voos cancelados.

O governo nepalês anunciou o fechamento de escolas e universidades no país durante três dias. A época das monções começou em junho e geralmente vai até o meio de setembro.

Com informações do Portal Agência Brasil