Publicado em 10 de abril de 2025 às 09:55
Desde a madrugada desta quinta-feira (10), começou a terceira greve geral contra o presidente daArgentina, Javier Milei, em apenas 16 meses de governo. A greve paralisa a maior parte da economia, como o transporte aéreo, mas não chega a ser total já que os ônibus não aderiram à paralisação.
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Para ganhar volume político, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) somou-se ao setor mais prejudicado pelo ajuste fiscal do presidente Javier Milei: os aposentados.
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O governo considera a greve como política, enquanto os grevistas apontam contra as medidas econômicas de Milei que visam destruir o emprego público, via encolhimento do Estado, e o emprego privado, via abertura das importações.
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A greve geral é a terceira contra Javier Milei, mas a primeira que encontra o presidente em queda de popularidade, entre 5 e 10 pontos, conforme a pesquisa de opinião.
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Se até o começo do ano Milei ainda tinha mais imagem positiva do que negativa, essa tendência se inverteu nos últimos quatro meses. Nesse período, o governo passou da ofensiva à defensiva.
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Os sindicalistas sentem essa vulnerabilidade política e atacam as medidas econômicas com reivindicações em ano eleitoral. Nas legislativas de outubro, o governo precisa ganhar para sair da sua condição de minoria absoluta no Congresso e poder avançar com reformas estruturantes, entre as quais a trabalhista. Os sindicalistas visam frear essa possibilidade, através do desgaste político.
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Com informações do Metrópoles >