Quem disputará o segundo turno da eleição no Equador

Daniel Noboa e Luisa González disputarão o segundo turno em abril deste ano.

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 11:45

Daniel Noboa e Luisa Gonzélez
Daniel Noboa e Luisa Gonzélez Crédito: Reprodução

O presidente do Equador, Daniel Noboa, conhecido por suas políticas duras na área de segurança e uso hábil das redes sociais, não ganhou no primeiro turno no domingo (10), indo para o segundo turno contra a esquerdista Luisa González, que ele derrotou na última corrida presidencial. O segundo turno será realizado em 13 de abril.

Nesta segunda-feira (10), com cerca de 96% dos votos apurados, Noboa conquistou 44,37%, enquanto González obteve 43,86%. 

Pesquisas de opinião antes do pleito sugeriram que Noboa, de 37 anos, conseguiria a maioria dos votos ainda no primeiro turno. No entanto, a disputa se provou acirrada, em aparente sintoma da ambivalência causada  pela tática de punho de ferro contra o crime no Equador.

Quem são os candidatos

Em um discurso para seus apoiadores em Quito, González disse que sua campanha havia capturado “o sentimento de um povo que foi esquecido”. 

“Não queremos um estado de guerra, queremos a construção da paz", disse.

A esquerdista de 47 anos pertence ao Movimento Revolução Cidadã, partido liderado pelo ex-presidente Rafael Correa, considerado poderoso e um tanto polar. Muitos eleitores expressam certa nostalgia pelas baixas taxas de criminalidade e economia forte que caracterizaram seu mandato, enquanto outros criticam seu estilo autoritário e os escândalos de corrupção pelo qual foi condenado.

Já Noboa, formado pela escola de política da Universidade de Harvard, vem de uma das famílias mais ricas do Equador, cuja fortuna foi construída em parte com exportações de banana. Há cinco anos, era um desconhecido na cena política, até ser eleito em 2021 para o legislativo, onde cumpriu um mandato.

Agora, ocupa há pouco mais de um ano o cargo de presidente apenas para completar o mandato de Guillermo Lasso, que sofreu impeachment por acusações de peculato.

Com informações da Veja