Trump fecha sites do governo e substitui jornais por influenciadores aliados

Associação de Imprensa do Pentágono criticou a medida como um ataque à transparência e ao direito de acesso à informação.

Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 17:10

Nesta segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil é um “tremendo criador de tarifas”.
Nesta segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil é um “tremendo criador de tarifas”. Crédito: Reprodução

O governo de Donald Trump intensificou sua ofensiva contra a imprensa tradicional nos Estados Unidos e revogou credenciais de jornalistas da Casa Branca, removeu veículos de mídia do Pentágono e ampliou o acesso de influenciadores conservadores, principalmente os a ligados a Elon Musk.

Além das ações, 8.000 sites oficiais do governo foram desativados ou alterados, eliminando informações sobre saúde, direitos humanos e políticas públicas.

Segundo a veículos de mídia de oposição, a remoção de sites governamentais afetou páginas de hospitais, pesquisas científicas e programas sociais.

Centros de Controle de Doenças (CDC), por exemplo, tiveram dados sobre HIV e saúde LGBTQ+ removidos, atendendo a ordens diretas do presidente Trump. Organizações médicas alertam para os riscos dessa medida na gestão de doenças infecciosas e controle de epidemias.

Em contrapartida, governo abriu credenciamento para influenciadores, podcasters e criadores de conteúdo participarem das coletivas da Casa Branca. Mais de 12 mil influenciadores já solicitaram credenciais, incluindo comunicadores alinhados ao governo.

A situação inclui a remoção do New York Times, da NBC, da NPR e do Político dos escritórios do Pentágono, substituindo-os por Breitbart, One America News Network e New York Post, veículos favoráveis ao governo.

A Associação de Imprensa do Pentágono criticou a medida como um ataque à transparência e ao direito de acesso à informação.