Os avanços e os desafios; as certezas e as dúvidas, a importância da pesquisa e das evidências científicas no combate a mitos e à desinformação. Estes e demais aspectos envolvendo a cannabis medicinal, sua produção, as oportunidades de mercado e o uso no Brasil em diversas especialidades da medicina, da odontologia e em outros campos da saúde, inclusive para os pets, estarão em pauta no 3ª edição do Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM), de 23 e 25 de maio, em São Paulo.
A utilização da cannabis medicinal é objeto de crescente interesse em diversos países, incluindo o Brasil, como uma alternativa terapêutica para uma variedade de condições médicas. Em São Paulo, a propósito, em dezembro de 2023, foi publicada regulamentação da lei que prevê o fornecimento de remédios à base de cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado.
De acordo a Secretaria da Saúde, pacientes que fazem tratamento para as síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e para Esclerose Tuberosa estão entre os primeiros a ter acesso aos novos fármacos. E uma Comissão de Trabalho segue avaliando a possibilidade da inclusão de novas patologias no rol de doenças que podem ser tratadas com esse tipo de medicação.
É importante ressaltar que a cannabis medicinal não se resume apenas ao seu componente psicoativo, o THC (tetraidrocanabinol), mas também inclui o CBD (canabidiol) e outros compostos não psicoativos que demonstraram potencial terapêutico em uma variedade de condições, como epilepsia refratária, dores crônicas, transtornos de ansiedade, entre outros.
No entanto, a despeito de bons avanços, ainda há desafios a serem superados, como a falta de conhecimento e de conscientização entre parcela de profissionais de saúde e pacientes sobre o uso adequado da cannabis medicinal. Além disso, questões regulatórias e de acesso aos medicamentos continuam sendo áreas de preocupação.
Pautas abrangendo todo o ciclo da cannabis medicinal, passando pela produção, investimentos, pesquisas, uso na medicina, na odontologia, na veterinária enriquecerão as discussões do Congresso Brasileiro 2024. Haverá debates interespecialidades médicas, além de mesas específicas sobre o tratamento das epilepsias refratárias; novas fronteira do transtorno do espectro autista (TOD, TDAH); a utilização de canabinoides na dermatologia e cosmiatria; o papel da cannabis na saúde hormonal da mulher madura, entre outras.
