Publicado em 6 de agosto de 2024 às 08:05
Uma base que abriga forças dos Estados Unidos no oeste do Iraque foi alvo de um ataque com foguetes na última segunda-feira, 5, de acordo com autoridades de segurança iraquianas. Não houve feridos, segundo o relato de duas fontes que falaram sob condição de anonimato para a agência Associated Press, por não estarem autorizadas a comentar publicamente o episódio.
O ataque foi contra a base aérea de Ain Al-Assad, localizada na província de Al-Anbar, a 180 quilômetros a oeste de Bagdá. De acordo com a agência Reuters, o ataque foi realizado com dois foguetes Katyusha, que caíram dentro da base.
As Forças Armadas dos Estados Unidos não fizeram comentários imediatos e nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
Nas últimas semanas, as milícias iraquianas apoiadas pelo Irã voltaram a lançar ataques contra as bases que abrigam as forças dos EUA no Iraque e na Síria, após uma calmaria de vários meses, depois que um ataque a uma base na Jordânia matou três soldados americanos no final de janeiro, provocando uma série de ataques retaliatórios dos Estados Unidos.
Entre outubro e janeiro, um grupo que se autodenomina Resistência Islâmica no Iraque reivindicou regularmente ataques que, segundo ele, eram uma retaliação ao apoio de Washington a Israel na guerra em Gaza e tinham como objetivo expulsar as tropas dos EUA da região.
Este último lançamento, no entanto, ocorre em um momento de grande preocupação com um possível ataque do Irã e seus aliados contra Israel, em resposta às mortes de altos funcionários do Hamas e do Hezbollah nas últimas semanas.
Os disparos também ocorreram após as forças americanas realizarem um ataque aéreo na última terça-feira, 30, contra combatentes iraquianos pró-Irã que tentavam lançar drones considerados uma ameaça para as tropas dos EUA e para a coalizão anti-jihadista que atua na região, segundo um funcionário dos EUA. O ataque, que segundo fontes iraquianas deixou quatro mortos, foi o primeiro das forças de Washington no Iraque desde fevereiro.
Fonte: Estadão Conteúdo