O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira, 24, o projeto de lei que exige que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, encontre um novo proprietário nos Estados Unidos.
De acordo com a nova legislação, a ByteDance tem 270 dias, até meados de janeiro, para encontrar um comprador para as operações do TikTok no país. Esse prazo pode ser estendido por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que sair do mercado americano.
Após a assinatura de Biden, o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, expressou sua esperança em reverter a decisão, afirmando que “os fatos e a Constituição estão do nosso lado”.
A empresa divulgou um comunicado no X (antigo Twitter), argumentando que a proibição proposta “devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos”.
A proposta de banir o TikTok nos EUA foi iniciada durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, mas agora, em meio à campanha eleitoral, ele adota uma postura diferente, afirmando que os “jovens podem enlouquecer” com a proibição.
Os EUA levantam preocupações sobre a segurança nacional, alegando que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos, que poderiam ser usados para atividades de espionagem pela China. No entanto, o TikTok nega essas acusações.
O Senado aprovou o projeto na noite de terça-feira, 23, e agora, com a sanção de Biden, ele entra em vigor. Caso o TikTok não encontre um comprador, as empresas Apple e Google serão obrigadas a remover o aplicativo de suas lojas de aplicativos.
O TikTok tem enfrentado pressão nos EUA desde a gestão Trump, que tentou impedir novos downloads do aplicativo em 2020. Biden reverteu essa decisão com uma ordem executiva em 2021, mas ordenou uma investigação sobre como o aplicativo lida com os dados dos usuários.
A ByteDance anunciou que contestará a lei nos tribunais, afirmando que acredita que os “fatos e a lei estão claramente do nosso lado”.
Com informações do g1