O Brasil atingiu um marco alarmante nesta segunda-feira, 29, ultrapassando a marca de 4.127.571 casos prováveis de dengue em 2024. Os dados são provenientes da mais recente atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que se baseia em informações do Ministério da Saúde.
O número de mortes confirmadas pela doença também é preocupante, totalizando 1.937 óbitos. Este é o maior número de mortes registrado desde o início da série histórica em 2000, superando inclusive o recorde de 2023, que contabilizou 1.094 mortes.
Em termos de incidência da doença, o ano de 2024 já supera os anos anteriores, com 4.127.571 casos, ultrapassando os dois anos com maior número de infectados até então: 2015, com 1.688.688 diagnósticos, e 2023, com 1.641.278 casos.
No que diz respeito aos casos graves, São Paulo lidera com 9.006 casos, seguido por Minas Gerais (6.929) e Paraná (6.489). O Ministério da Saúde atribui o alto volume de casos deste ano a fatores como mudanças climáticas e a circulação de múltiplos sorotipos do vírus.
Estima-se que aproximadamente 75% dos focos do mosquito transmissor da dengue estejam nos domicílios. O Ministério da Saúde recomenda medidas para diminuir a proliferação do vetor, incluindo manter a caixa-d’água fechada, receber bem os agentes de saúde, amarrar sacos de lixo, entre outras.
Atualmente, todos os quatro sorotipos da dengue estão em circulação no país, uma situação considerada “incomum” pela secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Os sintomas da dengue variam de leves a graves e podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele e fadiga. O tratamento visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente, com medidas como hidratação adequada, uso de analgésicos, repouso e acompanhamento médico. É importante evitar a automedicação, pois pode agravar o quadro clínico.
Com informações do Metrópoles
