O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sugeriu ter sido pressionado pela Polícia Federal (PF), acusando-os de terem uma “narrativa pronta” sobre as investigações em curso. As declarações foram reveladas em áudios obtidos pela revista Veja.
Cid alegou que a PF não está interessada em descobrir a verdade, insinuando ter sido coagido pelos investigadores, embora não tenha especificado a ocasião específica. Em um dos áudios, ele menciona: “Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam que eu confirmasse a narrativa deles.”
Além disso, o ex-ajudante de Bolsonaro criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmando que “a lei é eles, eles são a lei”. No entanto, a defesa de Cid negou que ele tenha questionado as investigações, enfatizando que seus comentários refletem apenas um desabafo em meio ao difícil momento pessoal e profissional enfrentado.
Cid foi indiciado pela PF por fraude em certificado de vacinação, sendo acusado de participar da falsificação de dados para beneficiar sua família e outros, incluindo Jair Bolsonaro.
As investigações apontaram que ele e outros nove agiram para falsificar registros de vacinação, visando permitir viagens aos Estados Unidos entre 2021 e 2022. As acusações incluem falsidade ideológica, uso de documento falso e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Com informações do UOL