Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgaram uma nota afirmando que ele passou duas noites na Embaixada da Hungria no Brasil para “manter contatos com autoridades de um país amigo”.
O comunicado classifica como “fake news” outras interpretações sobre a matéria publicada pelo The New York Times, que revelou que o ex-presidente permaneceu na embaixada húngara logo após ter seu passaporte confiscado.
Segundo a defesa de Bolsonaro, ele foi convidado a comparecer ao local e ressalta o bom relacionamento com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. A nota, assinada pelo advogado Paulo Cunha Bueno, menciona que Bolsonaro conversou com várias autoridades da Hungria sobre a atualização do cenário político dos dois países, lembrando ainda o encontro entre Orbán e Bolsonaro na posse do presidente argentino Javier Milei.
Apesar de possuir residência em Brasília, a nota não explica por que Bolsonaro optou por ir à embaixada para fazer esses contatos em vez de realizá-los a partir de sua casa.
A estadia na embaixada ocorreu após uma operação da Polícia Federal em 8 de fevereiro deste ano, na qual o passaporte de Bolsonaro foi confiscado e dois de seus assessores foram presos sob suspeita de planejar um golpe de Estado.
Bolsonaro adentrou a Embaixada da Hungria em 12 de fevereiro, como mostram imagens das câmeras de vigilância divulgadas pelo The New York Times, que destacou que a polícia brasileira não tem jurisdição para efetuar prisões em embaixadas estrangeiras, as quais estão fora do alcance das autoridades brasileiras.
Com informações do UOL