A comunidade médica foi abalada pela notícia da morte da renomada fisioterapeuta Flavia Rezende, de 45 anos, durante um voo com destino a Tóquio, no Japão, na terça-feira, 12. A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada, mas amigos próximos relataram ao UOL que Flávia teria sucumbido a uma embolia pulmonar, uma condição grave que ocorre quando coágulos obstruem as artérias dos pulmões.
O risco de desenvolver uma embolia pulmonar é uma preocupação crescente para viajantes frequentes, especialmente em voos de longa duração. Esse perigo é exacerbado pela possibilidade de desenvolver trombose venosa, onde coágulos sanguíneos podem se formar nas pernas durante períodos prolongados de imobilidade, como os experimentados em viagens aéreas.
Especialistas alertam que a falta de movimento durante voos prolongados, geralmente acima de quatro horas, aumenta significativamente o risco de trombose. Sentar-se por longos períodos sem se levantar para esticar as pernas pode resultar em uma circulação sanguínea prejudicada, favorecendo a formação de coágulos nas pernas que podem eventualmente se desprender e viajar para os pulmões, desencadeando uma embolia pulmonar.
Os sintomas de trombose incluem dores nas pernas, inchaço e vermelhidão, enquanto uma embolia pulmonar pode se manifestar através de falta de ar súbita, dor no peito, dificuldade para respirar e tosse persistente. Em casos extremos, uma embolia pulmonar pode ser fatal, levando à morte instantânea.
Para mitigar os riscos durante viagens prolongadas, especialistas recomendam exercícios regulares das pernas, hidratação adequada e evitar o consumo excessivo de álcool, que pode desidratar o corpo e aumentar o risco de coagulação sanguínea. Além disso, anticoagulantes podem ser prescritos por médicos para indivíduos com fatores de risco conhecidos, como gestantes, pacientes pós-operatórios e aqueles em tratamento de câncer.
A tragédia envolvendo Flavia Rezende serve como um alerta para a importância da conscientização sobre os riscos associados a viagens prolongadas e a necessidade de medidas preventivas adequadas, especialmente para aqueles com predisposição a condições trombóticas. Antes de embarcar em voos de longa duração, é fundamental que os passageiros consultem seus médicos para avaliar seu risco individual e tomar as precauções necessárias.
Fonte: Suely Meireles Rezende, médica hematologista
Com informações do UOL