O relato chocante de Joe Lawrence, um jovem americano de 25 anos, chocou a web na última semana. Através do X (Twitter), ele compartilhou sua experiência devastadora, revelando que desenvolveu um buraco em seu pulmão devido ao hábito de fumar vape diariamente ao longo de vários anos.
Embora tenha parado de fumar há mais de um ano, Joe ainda lida com as consequências graves do uso do cigarro eletrônico. “Outro dia, fui levado às pressas para o pronto-socorro com falta de ar. Quase sofri um colapso total do pulmão”, relata.
O jovem costumava consumir cigarros eletrônicos com sabores de frutas, mas abandonou o hábito assim que descobriu que inflamações em seu pulmão causaram danos graves, resultando no escape de ar.
Joe foi diagnosticado com pneumotórax traumático, uma condição que, embora raramente fatal, causa dores intensas e requer cuidados médicos especializados. Seu tratamento inclui procedimentos hospitalares para remover o ar acumulado e mudanças drásticas de estilo de vida para promover a cicatrização do pulmão.
“Por favor, cuidem-se e considerem parar de fumar. Não vale a pena”, apela Joe.
Cigarro eletrônico: um hábito preocupante entre os jovens
A pesquisa Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgada em agosto, revelou que 11,6% dos usuários adotaram os dispositivos de vape por considerá-los uma tendência.
“A falsa percepção entre os jovens de que é possível fumar cigarros eletrônicos sem riscos é uma ilusão perigosa”, adverte a pneumologista Andrea Sette, do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or.
Ela destaca que sintomas associados ao uso de vapes, como asma exacerbada, tosse persistente e falta de ar, estão se tornando cada vez mais comuns entre adolescentes e até mesmo crianças que buscam ajuda médica. Em casos mais graves, observa-se o desenvolvimento de pneumonia e insuficiência respiratória aguda decorrentes do uso desses dispositivos.
Embora seja frequente encontrar usuários de vapes no Brasil, é importante ressaltar que o cigarro eletrônico é proibido no país desde 2009. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma consulta pública para revisar essa decisão, mas os resultados ainda estão em fase de análise.
Com informações do Metrópoles
