Publicado em 23 de março de 2023 às 18:41
Mensagens trocadas por suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades mostram códigos usados por eles para combinar o possível sequestro do ex-juiz. >
Na conversa por WhatsApp, o termo 'Tokio' é usado para se referir a Moro, enquanto 'Flamengo' substituiria 'sequestro', e 'Fluminense' seria usado no lugar de 'ação'.>
É o que revela o material que veio a público nesta quinta-feira, 23, após a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, ter retirado o sigilo da decisão que autorizou a operação que, na véspera, terminou com a prisão de nove pessoas envolvidas nos supostos crimes. >
A mensagem 'permitiu descortinar o plano' que estava sendo articulado 'para a consecução de um atentado' contra a segurança do senador. O documento cita que foi esta mensagem que estabeleceu o uso de 'linguagem cifrada pela organização, com intuito de dificultar a identificação da ação criminosa'.>
Caderno tinha controle de endereços>
Um caderno encontrado nas investigações comprova 'categoricamente' os levantamentos de informações pessoais sobre Moro, a esposa, deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e os filhos do casal. O caderno detalha, por exemplo, endereços do casal.>
No material apreendido havia, também, informações sobre bens declarados.>
Gastos com o crime>
Outra imagem revelada na decisão, obtida pela investigação do caso, mostra anotações que, segundo o documento, aparentam ser um controle de gastos para o crime que envolveria Moro.>
Segundo a Polícia Federal, ao menos 10 criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.>
Os suspeitos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.>
Com informações do G1>