Mensagens com códigos, caderno de controle e gastos com o crime: veja o planejamento do possível sequestro a Moro e família

Mensagens trocadas por suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades mostram códigos usados por eles para combinar o possível sequestro do ex-juiz. Na conversa por WhatsApp, o termo “Tokio” é usado para se referir a Moro, enquanto “Flamengo”...

Publicado em 23 de março de 2023 às 18:41

Mensagens trocadas por suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades mostram códigos usados por eles para combinar o possível sequestro do ex-juiz.

Na conversa por WhatsApp, o termo 'Tokio' é usado para se referir a Moro, enquanto 'Flamengo' substituiria 'sequestro', e 'Fluminense' seria usado no lugar de 'ação'.

É o que revela o material que veio a público nesta quinta-feira, 23, após a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, ter retirado o sigilo da decisão que autorizou a operação que, na véspera, terminou com a prisão de nove pessoas envolvidas nos supostos crimes.  

A mensagem 'permitiu descortinar o plano' que estava sendo articulado 'para a consecução de um atentado' contra a segurança do senador. O documento cita que foi esta mensagem que estabeleceu o uso de 'linguagem cifrada pela organização, com intuito de dificultar a identificação da ação criminosa'.

. Crédito: Print da conversa do planejamento do possível sequestro ao senador Sergio Moro.

Caderno tinha controle de endereços

. Crédito: .

Um caderno encontrado nas investigações comprova 'categoricamente' os levantamentos de informações pessoais sobre Moro, a esposa, deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e os filhos do casal. O caderno detalha, por exemplo, endereços do casal.

No material apreendido havia, também, informações sobre bens declarados.

Gastos com o crime

Outra imagem revelada na decisão, obtida pela investigação do caso, mostra anotações que, segundo o documento, aparentam ser um controle de gastos para o crime que envolveria Moro.

. Crédito: .

Segundo a Polícia Federal, ao menos 10 criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.

Os suspeitos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

Com informações do G1