Mulher fica tetraplégica após comer molho pesto comprado em feira

Uma servidora pública do Distrito Federal ficou 10 meses internada na UTI após contrair uma infecção bacteriana através de um molho pesto que havia comprado em uma feira artesanal, que a deixou tetraplégica. O caso aconteceu em 2022, mas nesta semana, Doralice Carneiro, de 47 anos, anunciou que pretende processar a...

Publicado em 22 de julho de 2023 às 15:50

Uma servidora pública do Distrito Federal ficou 10 meses internada na UTI após contrair uma infecção bacteriana através de um molho pesto que havia comprado em uma feira artesanal, que a deixou tetraplégica. O caso aconteceu em 2022, mas nesta semana, Doralice Carneiro, de 47 anos, anunciou que pretende processar a feira que vendeu o produto contaminado.

Em janeiro de 2022, a servidora começou a sentir fraqueza extrema no corpo e enrolar a língua em janeiro de 2022 e foi levada ao hospital com suspeita de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

. Crédito: .

No entanto, durante os exames feitos na emergência, Doralice parou de respirar e teve que ser intubada. Antes de chegar ao diagnóstico final, ela foi tratada como portadora de AVC, pois não conseguia movimentar braços, pernas e não tinha expressões faciais, e Síndrome de Guillan-Barré, doença causada por outra bactéria, que também causa paralisia.

O diagnóstico final, de botulismo, só foi dado quando um neurologista percebeu a ausência de reflexo e a pupila dilatada da paciente e sugeriu testar para a doença, cujos registros apontam menos de 10 casos por ano em todo o Brasil.

Com o diagnóstico concluído, a vigilância sanitária foi acionada e recolheu amostras de alimentos da geladeira da paciente, que mora sozinha, e encaminhou para o laboratório do Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, que confirmou a contaminação do molho pesto com a toxina botulínica.

Além dos danos físicos, a tetraplegia e as constantes dores neuropáticas, Doralice precisou lidar com outro problema: seu convênio médico cobrou uma conta de co-participação pelos meses em que esteve internada no valor de R$ 400 mil.

Ainda em recuperação, a servidora está reunindo esforços para judicializar o caso e além de processar o feirante que lhe vendeu o molho pesto com a bactéria que gerou a infecção, ela também pretende processar o convênio Pró-Saúde, pela cobrança de R$ 400 mil de coparticipação após a internação.

Com informações do Metrópoles