Publicado em 5 de agosto de 2024 às 12:38
A Neuralink realizou um implante cerebral em um segundo paciente, segundo o CEO da empresa, Elon Musk. O objetivo do chip é devolver a pessoas paralisadas a capacidade de usar aparelhos digitais por meio do pensamento. No começo do ano, ocorreu o primeiro implante cerebral pela Neuralink. Desde então, o paciente foi capaz de fazer publicações nas redes sociais, navegar pela internet, movimentar os cursores do laptop, entre outros feitos.
A Neuralink é uma sociedade comercial neurotecnológica americana estabelecida por Elon Musk e outros oito, que relatou estar a desenvolver interfaces cérebro–computador implantáveis.
Em um podcast apresentado por Lex Fridman, Elon Musk afirmou que o segundo indivíduo envolvido na iniciativa científica tem uma lesão medular semelhante à do primeiro, Noland Arbaugh, que havia sido paralisado após um acidente de mergulho. Ainda segundo o bilionário, 400 dos eletrodos colocados no segundo paciente estão funcionando.
"Não quero dar azar, mas parece que deu tudo muito certo com o segundo implante", declarou Musk. "Está funcionando muito bem." A data da segunda cirurgia não foi revelada de acordo com a agência de notícias Reuters.
O bilionário sul-africano diz ter expectativas de operar outros oito pacientes ainda neste ano.
Arbaugh contou, também em entrevista ao podcast, que, com o implante, basta pensar sobre o que ele quer que aconteça na tela do computador para que o dispositivo faça o pensamento se tornar realidade. Isso teria lhe dado mais independência em relação aos seus cuidadores.
É importante lembrar que a Neuralink ainda está testando o chip cerebral, que continua em fase de experimentação. Não à toa, os implantes vêm apresentando alguns problemas.
Em maio, por exemplo, foi anunciado que cerca de 85% dos fios conectados ao cérebro de Noland Arbaugh haviam se soltado. O time da Neuralink esperava que o cérebro do paciente formasse um tecido de cicatrização em volta dos fios, o que acabou por não acontecer.
O contratempo representou um obstáculo à habilidade de Arbaugh de mover o cursor do computador com o pensamento. Como resultado, os implantes em humanos foram pausados.
Agora, no entanto, a experiência é retomada, com a perspectiva de implantar ainda mais indivíduos até o final de 2024.
Fonte: Estadão Conteúdo