Foto: Pietro Oliveira/RBS TV
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Nível do Guaíba reduz pela 1ª vez desde sábado, mas Porto Alegre continua submersa

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O nível do Guaíba, em Porto Alegre, registrou uma redução, atingindo 4,93 metros pela primeira vez desde sábado, 4, de acordo com medição realizada às 14h desta quinta-feira, 9, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá.

Apesar da diminuição, o rio permanece mais de 2 metros acima da cota de inundação, estabelecida em 3 metros. Embora alguns moradores tenham observado estabilidade e até recuo da água em certas regiões, a cidade continua enfrentando alagamentos, segundo relatos locais.

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O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul informa que o número de mortos em decorrência dos temporais no estado subiu para 107, com um óbito em investigação. Além disso, há 136 desaparecidos e 374 feridos. Mais de 232,6 mil pessoas estão deslocadas de suas casas, sendo 67.563 em abrigos e 165.112 desalojadas.

Dos 497 municípios do RS, 428 relatam algum problema relacionado às tempestades, afetando cerca de 1,476 milhão de pessoas. A área central de Porto Alegre foi completamente inundada após o transbordamento do rio, afetando operações como a do aeroporto e da rodoviária.

Em locais como o bairro Menino Deus, que recebeu alerta da prefeitura para evacuação, novos alagamentos foram registrados em trechos das ruas Itororó e José de Alencar. A interrupção de algumas casas de bombas contribui para o avanço da água em certas áreas, conforme explica o professor Fernando Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS.

O recorde histórico do nível do Guaíba foi atingido no domingo, 5, com 5,33 metros. A previsão do IPH é que o rio leve pelo menos 30 dias para retornar ao nível abaixo dos 3 metros, sendo semelhante ao registrado na enchente de 1941, que demandou 32 dias.

Dois fatores contribuem para a persistência das inundações:

  1. Bacias formam “funil”: O escoamento de água das bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí e Sinos converge para o Guaíba, criando uma espécie de funil que retém as enchentes.
  2. Ventos contrários: Ventos do sul, soprando do litoral para o continente, empurram a água da Lagoa dos Patos na direção oposta, agravando as inundações no Guaíba.

Com informações do g1

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