Publicado em 26 de junho de 2023 às 10:06
Nos anos de 2020 a 2021 o número de empresas e outras organizações formais ativas no Brasil aumentou de 5,8% (314,5 mil unidades), para 5,7 milhões. Essas empresas tinham à época 47,6 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. Já em relação ao pessoal assalariado, trata-se de um crescimento de 4,9% na comparação com 2020, representando 2,2 milhões de postos de trabalho a mais.>
O total de pessoas ocupadas também cresceu. Foram 4,9% a mais, representando 2,6 milhões de pessoas, enquanto os sócios e proprietários aumentaram 5,1% (372 mil pessoas). Os dados são do Cempre (Cadastro Central de Empresas), divulgado na 4ª feira (21.jun.2023) pelo IBGE. Podem ser acessados pelo Sidra (Sistema IBGE de Recuperação Automática).>
'Em 2021 o número de empresas cresceu num ritmo mais acelerado, quando comparado a 2020, ano marcado por forte impacto da pandemia nos negócios. Em relação à 2019, o crescimento acumulado foi de 9,7%, atingindo o patamar de 5,7 milhões', analisa o técnico da pesquisa, Eliseu Oliveira.>
As atividades que mais contribuíram para a alta de 2,2 milhões de assalariados foram comércio, em especial o setor de reparação de veículos automotores e motocicletas com (428,5 mil), indústrias de transformação (386,9 mil), administração pública, defesa e seguridade social (260,4 mil) e atividades administrativas e serviços complementares (202,8 mil). Por outro lado, a maior queda foi observada em outras atividades de serviços (-34,3 mil).>
Houve aumento do pessoal ocupado assalariado em 18 das 20 atividades econômicas analisadas pela pesquisa. As maiores altas vieram de atividades imobiliárias (13,7%), atividades profissionais, científicas e técnicas (12,2%) e informação e comunicação (12,0%). As únicas quedas em número de assalariados foram em organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (-0,1%) e outras atividades de serviços (-4,7%).>
Quando se analisa a natureza jurídica das empresas, as entidades empresariais se destacaram por representarem 91,4% do total. Além disso, tiveram 75,5% do pessoal ocupado total, 72,1% do pessoal ocupado assalariado e 62,1% dos salários e outras remunerações.>
Embora tenham apenas 0,4% de participação no total de empresas e outras organizações, os órgãos da administração pública absorveram 18,2% do pessoal ocupado total, 21,2% do pessoal ocupado assalariado e pagaram 31,4% dos salários e outras remunerações.>
Representando 8,2% do total de organizações, as entidades sem fins lucrativos obtiveram as menores taxas de participação nas variáveis analisadas pela pesquisa, com 6,3% do pessoal ocupado total, 6,7% do pessoal ocupado assalariado e 6,4% dos salários e outras remunerações.>
De 2020 para 2021, o número de empresas e outras organizações das entidades empresariais cresceu 6,4%, enquanto nos órgãos da administração pública a alta foi de 0,5%. Já nas entidades sem fins lucrativos a queda foi de 0,8%. O pessoal total e assalariado cresceu nos 3 grupos de empresas. Mas os salários e outras remunerações só cresceram nas entidades empresariais (4,2%).>
No aspecto salarial, mesmo sendo maioria, as entidades empresariais pagaram os salários médios mais baixos (R$ 2.823,79), ao mesmo tempo que os órgãos da administração pública apresentaram queda de 6,2%, assim como as entidades sem fins lucrativos (-1,6%).>
Já os salários mais baixos foram de alojamento e alimentação (R$ 1.599,56), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.956,69) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 2.171,00) que, respectivamente, estão 51%, 40,1% e 33,5% abaixo da média.>
Os salários das mulheres caíram 1,8%, de R$ 3.049,99 para R$ 2.995,07, enquanto os dos homens recuaram 3,1%, de R$ 3.595,09 para R$ 3.484,24. Já o salário médio mensal do pessoal ocupado assalariado sem nível superior diminuiu 1,4%, passando de R$ 2.269,00 para R$ 2.238,25, e o do pessoal assalariado com nível superior reduziu 4,0%, caindo de R$ 6.891,96 para R$ 6.613,47.>
Os maiores salários foram do Distrito Federal (média de 5,1 salários mínimos) e Amapá, (3,5 salários mínimos). Rio de Janeiro e São Paulo vem a seguir, com média salarial de 3,4 salários mínimos. As médias mais baixas foram em Alagoas e Paraíba (2,2 salários mínimos, ambos).>
O Cempre (Cadastro Central de Empresas) traz estatísticas do universo das empresas e outras organizações formais e suas unidades locais, segundo atividade econômica, natureza jurídica, porte e distribuição geográfica, com destaque para a participação do pessoal ocupado assalariado por sexo e nível de escolaridade. Os dados da pesquisa podem ser acessados pelo Sidra.>
Com informações da Agência IBGE e Poder 360>