Polícia Federal inicia operação contra fraudadores do PIS e Cofins; prejuízo é estimado em R$ 371 milhões

A Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal deflagraram hoje, 9, a Operação Inflamável. É para combater crimes tributários cometidos por meio de fraude relacionada a “supostos serviços de consultoria tributária, prestados, em geral, a postos de combustíveis”. Segundo os investigadores, os serviços...

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 09:59

A Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal deflagraram hoje, 9, a Operação Inflamável. É para combater crimes tributários cometidos por meio de fraude relacionada a 'supostos serviços de consultoria tributária, prestados, em geral, a postos de combustíveis'.

Segundo os investigadores, os serviços oferecidos eram referentes à 'retificação de declarações e posterior protocolização de pedidos de restituição de contribuições destinadas ao PIS (Programa de Integração Social) e à Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)'.

Dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Belo Horizonte, Jaboticatubas e Lagoa Santa, em Minas Gerais – todos expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte, que decretou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, no montante de R$ 371 milhões (valor do prejuízo estimado para os cofres públicos).

Restituição indevida

Segundo a Polícia Federal, 'os autodenominados ‘consultores’ induziram contribuintes à falsa concepção de que teriam direito ao ressarcimento do PIS e Cofins e, por isso, apresentaram declarações retificadoras para obter restituição indevida desses tributos'.

Até o momento, foram contabilizadas 299 pessoas jurídicas indevidamente beneficiadas pelo golpe. Os investigadores estimam que, caso as retificações fraudulentas não tivessem sido identificadas a tempo, o prejuízo poderia ser ampliado em R$ 3,7 bilhões.

A PF acrescenta que os responsáveis pelos escritórios de 'consultoria tributária' podem responder por estelionato e crimes contra a ordem tributária, além de outros como associação criminosa, composição de organização criminosa e lavagem ou ocultação de valores, bens e direitos. Se somadas, as penas podem chegar a até oito anos de reclusão.

Com informações da Agência Brasil