Publicado em 9 de agosto de 2022 às 10:28
Nesta terça-feira, 9, o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, fez um alerta sobre bombas nucleares ao recordar o 77º aniversário do ataque com bomba atômica que destruiu a cidade japonesa. Ele menciona que o armamento nuclear apresenta uma 'crise tangível e atual' após a invasão da Ucrânia e destaca que 'O uso de armas nucleares não é um medo infundado, e sim uma crise tangível presente', advertindo que elas podem ser utilizadas por uma decisão ruim, uma falha ou ainda por ataques terroristas.
Em 9 de agosto de 1945, Nagasaki deixou 74.000 mortos após ser atacada por uma bomba atômica três dias após o ataque contra Hiroshima. Os dois ataques norte americanos levaram ao fim da Segunda Guerra Mundial e até hoje o Japão é o único país do mundo foi atacado por armas nucleares. No entanto, Taue alertou hoje que o país pode não ser o último se medidas não forem tomadas: 'Em janeiro deste ano, os líderes dos Estrados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China divulgaram uma declaração conjunta afirmando que 'uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada'', recordou, dizendo que 'Porém, um mês depois a Rússia invadiu a Ucrânia. O uso de armas nucleares foi ameaçado, o que provocou calafrios em todo o mundo', acrescentou.
Memória e homenagens
Hoje, 9, sobreviventes e autoridades estrangeiras se uniram a centenas de pessoas em uma oração silenciosa às 11h02 (por volta das 23h02 no horário de Brasília), horário em que a bomba foi lançada contra a cidade. Neste momento, sinos tocaram e pombas foram soltas durante a cerimônia no Parque da Paz de Nagasaki, onde água purificada foi oferecida em um ritual que homenageia as vítimas que morreram vítimas de queimaduras e outros ferimentos.
Taue enfatiza que em vez de travar guerras, a humanidade deveria organizar 'uma cultura de paz que promova a confiança, o respeito aos outros e que busque soluções por meio do diálogo'.
Com informações do G1