No último domingo, 31, o ex-jogador de futebol Robson dos Santos, o Robinho, deixou o isolamento da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.
Ele chegou ao presídio na madrugada de 22 de março e foi direcionado para uma cela sem outros ocupantes, em um procedimento que é padrão e serve para a adaptação do preso e para a realização de avaliações pela equipe da prisão.
Com o fim do isolamento, Robinho passou a dividir cela e está liberado para realizar atividades com os demais detentos. Entre elas, oficinas de teatro, sessões de filmes, aulas e partidas de futebol.
Segundo investigações, em 2013, Robinho e 5 amigos teriam embriagado uma jovem albanesa de 23 anos em uma boate em Milão, na Itália. A jovem teria sido estuprada coletivamente pelos 6. Em 2017, Robinho foi condenado em 1ª instância pela Justiça italiana a 9 anos de prisão por estupro. Em 2020, o Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação do ex-jogador, mas como cabia recurso, Robinho permaneceu em liberdade e voltou ao Brasil. Em janeiro de 2022, a Corte de Cassação da Itália negou o recurso apresentado pela defesa e ele foi condenado a 9 anos de prisão. Por ser o órgão máximo da Justiça italiana, não há possibilidade de reverter a decisão. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, a Itália pediu que a pena fosse cumprida no sistema penitenciário brasileiro.
Em 20 de março deste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu pelo cumprimento imediato da sentença do ex-atleta. Ele foi preso no dia seguinte pela Polícia Federal em Santos–SP. A defesa de Robinho tentou evitar a prisão, ao apresentar uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal). O relator do caso, ministro Luiz Fux, negou o pedido de habeas corpus. Os advogados do ex-jogador, então, apresentaram na Corte um agravo regimental contra a decisão de Fux. Eles pedem que o magistrado reconsidere e, se a solicitação não for atendida, que o caso seja levado ao colegiado para análise dos demais ministros do Supremo.
Com informações do Portal Poder 360