O oligarca russo, Yevgeny Prigozhin, é ligado ao Kremlin e proprietário do Grupo Wagner (Reprodução)
O oligarca russo, Yevgeny Prigozhin, é ligado ao Kremlin e proprietário do Grupo Wagner (Reprodução)

Saiba o que é o Grupo Wagner, mercenários que desafiam a Rússia

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Na noite de sexta-feira, 23, o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que apoia a Rússia na guerra da Ucrânia, se desentendeu com o governo russo. Parte dos combatentes do grupo decidiu se mobilizar pelas ruas do país, o que gerou a maior crise política interna do país desde que Vladimir Putin chegou ao poder em 1999.

Quando foi fundado o Grupo Wagner?

O grupo foi fundado em 2014. Uma das primeiras missões foi na península ucraniana da Crimeia, quando mercenários com uniformes sem identificação ajudaram forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região.

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Em fevereiro de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Moscou usou os mercenários para reforçar as forças da linha de frente. Era apenas algo temporário, mas acabou contando cada vez mais com o grupo em batalhas críticas, como nas cidades de Bakhmut e Soledar.

Quem integra o Grupo Wagner?

Acredita-se que a maioria dos integrantes do grupo são ex-soldados de elite altamente treinados. Mas quando as perdas da Rússia durante a guerra na Ucrânia começaram a aumentar, o proprietário da empresa, o oligarca Yevgeny Prigozhin, ligado ao Kremlin, começou a expandir o grupo, recrutando prisioneiros e civis russos, assim como estrangeiros.

A estimativa é de que 20 mil pessoas façam parte do Grupo Wagner.

O grupo atua dentro da lei?

A constituição russa diz que o estabelecimento de empresas militares privadas é ilegal. Segundo o documento, a responsabilidade pela segurança e defesa cabe exclusivamente ao Estado. O Código Penal da Rússia também proíbe que os cidadãos sirvam como mercenários.

No entanto, há brechas na lei russa que permitem que o Grupo Wagner opere. Empresas estatais podem ter forças de segurança armadas privadas e, dessa forma, os mercenários atuam em uma zona semi-ilegal.

A Rússia não é o único país com empresas militares privadas. Muitas outras nações, incluindo Estados Unidos, África do Sul, Iraque e Colômbia, têm empresas militares privadas operando dentro e fora de suas próprias fronteiras.

Governo russo é “patrocinador”

O Grupo Wagner se destaca por seus laços estreitos com o governo russo, bem como por sua ampla gama de atividades. Enquanto muitas empresas privadas se concentram na prestação de serviços de segurança, o Grupo Wagner esteve envolvido em uma ampla gama de tarefas em conflitos e guerras civis.

Crise política e posicionamento do Putin

Essa é a mais grave crise política interna do país desde 1999, quando Vladimir Putin assumiu o poder. Sabendo disso, Putin prometeu “esmagar” a rebelião. Em discurso na TV, presidente russo chamou o motim de “punhalada nas costas”. “Todos aqueles que deliberadamente trilharam o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho chantagem e métodos terroristas, sofrerão a punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, disse.

O que provocou a crise?

O desentendimento começou após Prigozhin acusar o chefe do Estado-Maior russo, o general Valery Gerasimov, de ordenar ataques contra suas unidades, mesmo sabendo que estavam circulando entre veículos civis.

O chefe do grupo prometeu “ir até o fim” para depor o comando militar russo e afirmou que suas tropas irão “destruir tudo o que estiver’ no seu caminho.

O líder do grupo paramilitar russo afirmou que suas forças derrubaram um helicóptero militar russo, porém ainda não há provas.

Com informações do UOL

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