Publicado em 1 de agosto de 2023 às 09:16
O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou do recesso nesta terça-feira, 1, e este segundo semestre será marcado por uma série de mudanças na sua configuração até o fim do ano. Na quinta-feira, 3, o advogado Cristiano Zanin toma posse como ministro. Em seguida, no final de setembro, será a vez da ministra Rosa Weber se aposentar e deixar a presidência da Corte para Luís Roberto Barroso. Até lá, o plenário será imerso em debates sobre descriminalização da maconha, aborto, marco temporal e ‘legítima defesa da honra’.
Rosa Maria Pires Weber nasceu em Porto Alegre (RS), em 2 de outubro de 1948. Em 1967, Weber foi aprovada em primeiro lugar para a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e curso de Ciências Jurídicas e Sociais da mesma universidade, com conclusão do curso em 1971 em 1º lugar e como aluna laureada (láurea acadêmica Prof. Brochado da Rocha).
A ministra tem Certificado Prático de Língua Francesa (1º grau) e Diploma de Estudos Franceses (2º grau), pela Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Nancy, na França, em 1970 e 1971, respectivamente.
Em sua carreira na magistratura, Rosa Weber iniciou em 1976 como Juíza do Trabalho substituta, depois como Juíza do Trabalho Presidente de Junta de Conciliação e Julgamento de 1981 a 1991. De 1991 a 2006, atuou como Juíza do TRT da 4ª Região – Desembargadora do Trabalho. E em 2006 foi empossada como ministra do Tribunal Superior do Trabalho.
Weber tomou posse como ministra do Supremo Tribunal Federal em 19 de dezembro de 2011. E em 10 de setembro de 2020 foi empossada como vice-presidente da Corte e do Conselho Nacional de Justiça. Ela é a terceira mulher a presidir a Corte, depois de Ellen Gracie e Cármen Lúcia.
Nas últimas semanas, o presidente da República tem se mostrado mais sensível à pressão de indicar uma mulher para a Corte, já que, com a saída da atual presidente do STF, ficará apenas uma ministra entre os 11 integrantes do Tribunal: Cármen Lúcia. Porém, atualmente, três nomes despontam como favoritos: o ministro da Justiça, Flávio Dino; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.