Publicado em 27 de junho de 2023 às 05:00
O julgamento que pode definir o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é retomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira, 27. O ex-chefe do Executivo é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma ação protocolada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) em agosto de 2022.>
O presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, reservou três datas para o julgamento do ex-presidente: 22, 27 e 29 de junho. A sessão de amanhã, 27, começará às 19h com a apresentação do voto do relator da ação, ministro Benedito Gonçalves.>
Entenda como vai funcionar>
Gonçalves deve apresentar em seu voto as questões preliminares antes de entrar nas acusações apresentadas pelo PDT. Entre essas questões, está a permanência da chamada 'minuta do golpe' no processo. O documento foi incluído em janeiro deste ano depois da apreensão realizada na casa do ex-ministro Anderson Torres durante as investigações sobre o 8 de janeiro.>
Depois do voto do relator, é a vez dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes. Há a possibilidade de que algum ministro peça vista (mais tempo de análise) no processo. Isso poderia adiar o julgamento em até 30 dias.>
O advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, já adiantou que recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso o TSE decida pela inelegibilidade do ex-presidente. Isso só será possível depois que todos os recursos sejam apresentados na Corte Eleitoral.>
No caso, a defesa deve apresentar os chamados 'embargos de declaração', que possibilita que o réu conteste alguma contradição ou omissão no julgamento. O recurso, no entanto, não tem poder para alterar a decisão e não suspende a eventual inelegibilidade.>
Com informações do Poder 360>