Vídeo: furacão Debby deixa mortos em passagem pela Flórida e chega na Georgia

"Os impactos de Debby estão apenas começando e vão se estender ao longo da semana em porções da costa sudeste dos Estados Unidos"

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 09:57

Debby tocou terra na Flórida como um furacão de categoria 1.
Debby tocou terra na Flórida como um furacão de categoria 1. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Na última segunda-feira, 5, a passagem do furacão Debby pela Flórida, nos EUA, deixou pelo menos quatro mortos. Debby tocou terra na Flórida como um furacão de categoria 1, em uma escala de 5, antes de enfraquecer e se tornar uma potente tempestade tropical.

Duas das vítimas, uma motorista de 38 anos e um jovem de 12 anos, viajavam de carro juntos e morreram após sofrerem um acidente no condado de Dixie, no noroeste da Flórida, na noite do último domingo, 4. Segundo informações, a mulher perdeu o controle do veículo devido às más condições climáticas e colidiu com uma barreira de proteção, indicaram as autoridades locais.

Em outro acidente de trânsito, um homem de 64 anos colidiu com seu caminhão contra um muro e, após a cabine se soltar, caiu em um canal perto de Tampa, onde os serviços de emergência encontraram seu corpo.

A quarta vítima era um adolescente de 13 anos que estava na casa rodante de sua família, quando uma árvore derrubada pela tempestade o esmagou.

A tempestade tropical chegou à Geórgia e ameaça provocar "inundações catastróficas". Nas próximas horas, a tempestade trará "chuvas extremas", que poderiam provocar "inundações catastróficas nas áreas costeiras da Geórgia, Carolina do Sul e até mesmo Carolina do Norte", alertou Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

Segundo as previsões do órgão, a tempestade se moverá pelo sul da Geórgia na noite desta terça-feira, 6, antes de alcançar a costa da Carolina do Sul. Após atingir um pico de 120 km/h, os ventos máximos sustentados caíram para 75 km/h e continuarão diminuindo, segundo o último boletim do NHC.

"Os impactos de Debby estão apenas começando e vão se estender ao longo da semana em porções da costa sudeste dos Estados Unidos", declarou Brennan. Ao se afastar da costa, a tempestade se deslocará cada vez mais devagar, o que provocará "um episódio de chuvas extremas de longa duração" nas áreas atravessadas, acrescentou.

Debby impactou a região chamada Big Bend, uma área pouco povoada que liga a península da Flórida ao restante dos Estados Unidos pelo noroeste, e que já sofreu no ano passado os embates do furacão Idalia, de categoria 3. "Isso não trouxe os ventos catastróficos de furacão que vimos em tempestades anteriores como o furacão Ian, em 2022, mas trouxe e continua trazendo muita água", declarou em coletiva de imprensa o governador Ron DeSantis, que pediu precaução aos habitantes.

Segundo ele, cerca de 250 mil pessoas ficaram sem eletricidade na última segunda-feira, 5, na Flórida. Na cidade de Sarasota, no oeste do estado, cerca de 500 residentes tiveram que ser evacuados de suas casas inundadas para pontos mais elevados, indicou a polícia local nas redes sociais.

O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou uma declaração de emergência na Carolina do Sul, como havia feito no domingo para a Flórida, uma medida que permite acelerar a entrega de ajuda federal. "Pessoal do Departamento de Defesa, do Departamento de Saúde, do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos e da Guarda Costeira foi mobilizado e está preparado para apoiar", indicou o escritório de imprensa da Casa Branca em um comunicado.

A Patrulha Fronteiriça anunciou por sua vez na rede social X um benefício inesperado do furacão: seus ventos empurraram 25 pacotes de cocaína até a costa dos Cayos da Flórida, no sudoeste do estado, onde foram apreendidos. A carga tem um valor de mais de um milhão de dólares nas ruas, precisou um funcionário desse órgão.

Em julho, o furacão Beryl, incomumente precoce, atingiu o sul dos Estados Unidos e deixou várias mortes.

Segundo as previsões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico - que vai de junho a novembro - promete ser particularmente agitada devido à elevada temperatura oceânica que aumenta a intensidade dessas tempestades.