Publicado em 26 de março de 2025 às 15:18
Logo após virar réu, por unanimidade, pela suposta trama golpista, nesta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), falou à imprensa. Em um discurso que durou cerca de 50 minutos, ele alegou que a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) é fruto da "criatividade de alguns" e negou ter apoiado as manifestações populares, bem com ter tentado revertes o resultado das eleições 2022.
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"Vivemos momento de intranquilidade por causa da criatividade de alguns", disse o ex-presidente. E, em seguida continuou "A acusação é grave e infundada", ressaltou.
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Durante a fala, Bolsonaro também citou o atual ministro da Defesa, José Múcio, para sustentar o argumento de que o "quebra-quebra" do oito de janeiro de 2023 não foi uma tentativa de golpe.>
"As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser o da esquerda, como invasão de propriedade", alegou o ex-presidente.
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Jair disse ainda ter facilitado o encontro de Múcio com comandantes das Forças durante a transição de governo. Por isso, não teria como estar tramando um golpe de Estado.>
O ex-presidente disse ainda que o golpe pressupõe a mobilização de um parlamento, setores da economia, empresário e etc, e que fez lives e vídeos pedindo que as mobilizações, como a que ocorreu dos caminhoneiros parasse. >
O ex-presidente criticou a condenação que o tornou inelegível pela Corte eleitoral, por ter atacado o processo eleitoral em reunião com embaixadores. Segundo Bolsonaro, se reunir com missão diplomática era atribuição "privativa" do presidente da República.
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"Teve inferência do TSE nas eleições de 2022? O TSE influenciou, jogou pesado contra mim, e a favor do Lula", disse. >