Alckmin diz que preços dos alimentos não vão cair 'em 24 horas'

Vice-presidente defendeu ainda que governo não pretende tomar nenhuma medida drástica para reduzir os preços de forma abrupta. Segundo ele, "não haverá nenhuma heterodoxia".

Publicado em 10 de março de 2025 às 10:26

Segundo ele, "não haverá nenhuma heterodoxia".
Segundo ele, "não haverá nenhuma heterodoxia". Crédito: Agência Brasil

O vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (10) que as medidas do governo federal para baixar o preço dos alimentos não terão efeitos imediatos nas prateleiras dos supermercados.

Alckmin afirmou, em entrevista à rádio CBN, que o custo da comida preocupa o governo e que a alta foi motivada por conta do clima, que reduziu a produção, e a cotação do dólar que bateu em R$ 6,20 no final de 2024.

Segundo o vice-presidente, a tendência é de queda nos preços porque a cotação do dólar caiu e o Brasil terá safra recorde.

Apesar do cenário otimista para os próximos meses, Alckmin ponderou que a queda dos preços para os consumidores não será imediata. "Isso não é em 24 horas", disse.

Por isso, o governo decidiu zerar o imposto de importação de produtos e adotou outras medidas para tentar um impacto mais rápido nos mercados.

A decisão do governo federal é que carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos, massas e outros itens terão as alíquotas de importação zeradas nos próximos dias. O objetivo é reduzir os preços e aliviar a pressão inflacionária sobre a população, especialmente a de baixa renda.

Alckmin também afirmou que o governo não pretende tributar exportações do agronegócio. Na última sexta-feira (7), Lula afirmou que, caso os preços não caiam, poderá adotar atitude mais drástica, porém não explicou quais medidas seriam adotadas.

"Não haverá nenhuma heterodoxia, né, 'olha, vão tributar exportação', não tem nada disso", frisou Alckmin.

Com informações do G1