Bolsonaro diz que Moraes conduz caso sobre golpe de 'forma incisiva'

Além de Bolsonaro, Moraes votou para que os outros sete investigados se tornem réus no inquérito. São eles: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

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Publicado em 26 de março de 2025 às 17:08

Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua primeira manifestação pública após se tornar réu pela Primeira Turma do STF. "Pessoal já deve ter percebido a forma tão incisiva como ministro Alexandre de Moraes conduz ou se conduz, tem algo esquisito por aí. O que ele quer esconder?", afirmou.

O capitão reformado criticou novamente as urnas eletrônicas e disse que "não estava sozinho" ao defender o voto impresso, mencionando o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), que teria feito essa defesa em inserções na TV, supostamente. O ex-presidente também disse que não é obrigado a "confiar em um programador" e que depois que falou publicamente sobre o inquérito sobre urnas eletrônicas após a sua vitória nas eleições de 2018, ele foi tornado secreto. Segundo ele, Moraes estaria tentando "esconder algo".

"O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) influenciou, jogou pesado, contra eu (sic) e a favor do candidato Lula. Eu não pude mostrar imagens do Lula defendendo aborto", continuou Bolsonaro. "Mais grave ainda, o TSE fez campanha massiva para jovens de 16 e 17 anos retirassem o título. Esses jovens votam na esquerda."

Ele argumentou que o TSE "foi para cima" do pessoal da direita por meio de processos de inelegibilidades, de modo a criar semelhanças com o processo eleitoral na Venezuela que reelegeu o presidente Nicolás Maduro.