Bolsonaro e mais 33 pessoas são denunciadas por tentativa de golpe de Estado

A suposta trama golpista, elaborada por Bolsonaro e apoiadores, teria acontecido após a vitória de Lula na eleição de 2022.

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 22:21

(A suposta trama golpista, elaborada por Bolsonaro e apoiadores, teria acontecido após a vitória de Lula na eleição de 2022.)
(A suposta trama golpista, elaborada por Bolsonaro e apoiadores, teria acontecido após a vitória de Lula na eleição de 2022.) Crédito: Redes Sociais/Instagram 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela elaboração de um suposto plano golpista para se manter no poder, após as eleições presidenciais de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro.

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, fez o indiciamento e ofereceu a denúncia ao Supremo Tribunal Federal. Agora, a denúncia será apreciada pela Primeira Turma da Corte, para, na sequência, ser enviada ao relator, ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a PGR, o ex-presidente cometeu os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Em novembro de 2024, Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal após atos de vandalismo e violência em Brasília. Ao formalizar a acusação, a PGR não denunciou todos os nomes apontados pela PF.

O ex-presidente nega as acusações. Em gravações e áudios analisados pela PGR. Durante visita ao Senado, Bolsonaro afirmou que não tem nenhuma preocupação em relação à denúncia.

A investigação da PGR analisou provas que comprovam que o ex-presidente teria solicitado alterações numa minuta golpista. Ainda segundo as investigações, no plano golpista seriam presos os ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, assim como, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A investigação apontou, também, que Bolsonaro teria pedido para retirar os nome de Gilmar e Pacheco. Além das prisões, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era alvo do plano. Para Jair Bolsonaro, após o golpe instaurado, as Forças Armadas seriam acionadas, exercendo um poder moderador.