Dino acompanha Moraes em voto para condenar mulher que pichou estátua do STF

O julgamento segue até o dia 28 de março e acontece na Primeira Turma da Corte

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Publicado em 23 de março de 2025 às 18:48

Ministro do STF, Flávio Dino.
Ministro do STF, Flávio Dino. Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o ministro Alexandre de Moraes, relator da Ação Penal 2.508, em seu voto para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão em regime inicial fechado. Ela é acusada de participar dos ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e ficou conhecida por ter pichado a frase "Perdeu, mané" na estátua da Justiça, localizada em frente ao prédio do STF.

O julgamento segue até o dia 28 de março e acontece na Primeira Turma da Corte. Cinco juízes fazem parte da Turma. Assim, se mais um deles se manifestar pela condenação, estará formada a maioria.

O processo está em segredo de Justiça, e apenas o relatório e o voto de Moraes estão disponíveis para acesso público no sistema do plenário virtual. Dino o acompanhou, sem apresentar voto em separado.

Débora está presa na Penitenciária Feminina de Rio Claro, em São Paulo, desde a oitava fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2023. A operação investigou os radicais e financiadores dos atos de vandalismo. Em depoimento, ela confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho.

"A ré dolosamente aderiu a propósitos criminosos direcionados a uma tentativa de ruptura institucional, que acarretaria a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição do governo legitimamente eleito, cuja materialização se operou no dia 8/1/2023, mediante violência, vandalismo e significativa depredação ao patrimônio público", escreveu Moraes.

Débora responde por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.