Governo convoca Silvio Almeida para se explicar e admite 'gravidade das denúncias'

"O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem", diz a nota do governo.

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 09:07

Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O governo do presidente Luiz Inácio Lula Silva divulgou nota nesta quinta-feira, 5, informando que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi chamado a dar explicações sobre denúncias de que teria praticado assédio. A nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirma que Almeida foi convocado ainda na noite da última quinta-feira, 5, para prestar esclarecimentos ao ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

Na nota, a Secom sustenta que o próprio Silvio Almeida disse que irá encaminhar ofício à CGU e ao Ministério Público pedindo esclarecimento do caso. A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu abrir apuração.

"O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem", diz a nota.

A manifestação da Secom não faz referência à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Segundo o site Metrópoles, ela também teria sido vítima de assédio. Anielle não se manifestou.

A ONG Me Too Brasil, que lida com denúncias de assédio, divulgou nota nesta quinta-feira informando que recebeu denúncias de assédio contra Silvio Almeida. A organização não apresentou provas nem deu detalhes das acusações feitas contra o ministro. Em nota e em vídeo que postou em rede social, Silvio Almeida diz que as denúncias são falsas e sem provas e que está sendo vítima de perseguição.

Leia abaixo a íntegra da nota da Secom:

O ministro Silvio Almeida foi chamado esta noite a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias publicadas pela imprensa contra ele.

O próprio ministro Silvio informou que irá encaminhar ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República para investigarem o caso. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração. O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem.