Publicado em 11 de abril de 2025 às 13:47
O ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho (União-MA) agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a confiança durante o período em que esteve à frente da pasta. Juscelino deixou o governo na última quarta-feira (9), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de desvio de emendas enquanto deputado.>
Em publicação no Instagram nesta sexta-feira (11), Juscelino disse que esteve no Palácio da Alvorada para agradecer pessoalmente a Lula. "Foi uma honra conduzir programas fundamentais para a inclusão digital e contribuir com a reconstrução do Brasil, levando mais dignidade a quem mais precisa", escreveu.>
"Sinto muito orgulho de fazer parte desse esforço coletivo liderado pelo nosso presidente. E a partir de agora continuarei ajudando o presidente e o Brasil lá do Congresso Nacional", completou o ex-ministro, que reassumiu o cargo de deputado federal, para o qual foi eleito em 2022.>
Sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira e assinada por Geraldo Alckmin (PSB), presidente em exercício, já que Lula está em viagem ao exterior>
Juscelino Filho entregou sua carta de demissão no dia anterior, em que afirmou não querer criar constrangimento ao presidente Lula, saindo antes de o STF apreciar a acusação contra ele para se defender fora do governo.>
"Hoje tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública. Não o fiz por falta de compromisso, muito pelo contrário. Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando", disse ele na carta.>
A investigação revelou que o ministro, quando deputado, destinou recursos do orçamento para asfaltar uma estrada na cidade que passava pela fazenda da sua família.>
De acordo com a apuração, Juscelino Filho destinou emendas parlamentares à prefeitura de Vitorino Freire (MA), cidade que era administrada por sua irmã Luanna Rezende. Segundo a denúncia, ele teria recebido propinas em troca da destinação dos recursos e do direcionamento de contratos a certas empresas. O ministro nega irregularidades.>