Justiça Eleitoral cassa mandato de Carla Zambelli e parlamentar alega perseguição política

A ação contra a parlamentar do PL foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 18:56

Carla Zambelli alega perseguição política.
Carla Zambelli alega perseguição política. Crédito:  Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral do estado de São Paulo nesta quinta-feira, 30. A parlamentar também foi condenada à inelegibilidade por oito anos a partir das eleições de 2022.

O motivo da condenação de Zambelli, seria abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paulista entendeu que Zambelli violou os limites da liberdade de expressão ao publicar informações falsas sobre fraudes eleitorais em 2022. A ação contra a parlamentar do PL foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Uma postagem de Zambelli, em 2022, alegava manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, município do interior paulista. “Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor”, afirma o relator do caso, desembargador Encinas Mafré.

A cassação da parlamentar pelo TRE, porém, não leva à perda imediata do cargo. Ela ainda pode contestar o resultado do julgamento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), instância superior à Justiça estadual.

Em nota enviada à imprensa, Zambelli afirma que vai recorrer da decisão e alega perseguição política.

“Hoje, o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal. Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis. Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia”.