Rússia exige que EUA devolvam avião de Nicolás Maduro, apreendido sob suspeita de compra ilegal

Segundo Moscou, os excessos na política de sanções aplicadas por Washington “não têm limites”.

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 08:22

Avião do ditador Maduro é confiscado pelos EUA.
Avião do ditador Maduro é confiscado pelos EUA. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Na última segunda-feira, 2, o avião oficial de Nicolás Maduro foi apreendido na República Dominicana e levado para a Flórida no âmbito das sanções aplicadas a Caracas pelo governo americano, sob o argumento de ter sido comprado ilegalmente por 13 milhões de dólares (cerca de R$ 73 milhões). 

Na última terça-feira, 3, a Rússia criticou a apreensão do avião oficial do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por parte dos Estados Unidos e exigiu a devolução do que foi roubado a Caracas. “Somos solidários com os nossos amigos bolivarianos em suas legítimas exigências de devolução do que foi roubado do Estado venezuelano”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um comunicado.

Segundo Moscou, os excessos na política de sanções aplicadas por Washington “não têm limites”. “Mais uma vez ficou demonstrado um total desrespeito pelas normas jurídicas internacionais”, acrescentou a nota oficial.

A pasta de Exteriores russa afirmou que, com a apreensão do avião, os EUA enviaram outro sinal de que podem assumir a propriedade soberana de outros países.

Segundo o procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, no final de 2022 e início de 2023, indivíduos afiliados a Maduro, supostamente, usaram uma empresa de fachada com sede no Caribe, para esconder seu envolvimento na compra ilegal do avião de uma empresa com sede no distrito sul da Flórida.