Se Bolsonaro assinasse minuta, general aceitaria golpe, diz Cid em delação

Bolsonaro apresentou a minuta ao comandante de Operações Terrestres do Exército, o general Estevam Theophilo.

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 11:17

Bolsonaro e Estevam
Bolsonaro e Estevam Crédito: Reprodução Redes sociais

“Se Bolsonaro assinasse o decreto (do golpe), as Forças Armadas iriam cumprir”, assim afirmou o tenente-coronel Mauro Cid, durante depoimento da delação premiada, nesta quinta-feira (20). Segundo o ex ajudante de ordens da gestão anterior, o documento teria sido apresentado ao comandante de Operações Terrestres do Exército, Estevam Theophilo, pelo ex-presidente durante uma reunião, e se fosse assinado, o golpe seria aceito. 

De acordo com Cid, ele não participou desse encontro, mas o general Theophilo o informou sobre o que foi tratado, logo após o fim da reunião o com Bolsonaro.

O sigilo do acordo de delação premiada firmado em 2024 pela Polícia Federal com o tenente-coronel Mauro Cid. O sigilo, no entanto, foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes na quarta-feira (19). Na mesma decisão, Moraes abriu prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República apresentem suas defesas por escrito.