Publicado em 27 de outubro de 2024 às 14:32
Neste domingo, 27, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou durante entrevista coletiva que uma interceptação do serviço de inteligência detectou um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) orientando eleitores a votar em Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura da capital. A declaração foi feita no Colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi, onde Tarcísio votou ao lado de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição.>
Ao ser questionado sobre uma possível influência do PCC em orientações de voto também na cidade de Santos — onde o grupo teria supostamente recomendado que os eleitores não votassem na candidata Rosana Valle (PL) —, Tarcísio relatou que situação semelhante ocorreu em São Paulo. “Isso aconteceu em São Paulo também, disseram que era para votar no outro”, afirmou o governador, referindo-se a Boulos, sem dar mais detalhes sobre o documento apreendido.>
Segundo Tarcísio, a interceptação revelou uma tentativa de direcionar votos de moradores de determinadas áreas da capital paulista. “Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos”, afirmou.>
Mais cedo, antes de votar, Tarcísio acompanhou Ricardo Nunes em uma votação na Capela do Socorro, na zona sul da cidade, reforçando seu apoio ao candidato à reeleição. As declarações do governador lançam mais uma camada de tensão sobre a corrida eleitoral em São Paulo, em que a segurança pública e a presença do crime organizado se tornaram temas de forte repercussão.>