Publicado em 12 de novembro de 2024 às 15:23
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, figura na lista dos 100 líderes climáticos mais influentes em negócios de 2024, publicada nesta terça-feira, 12, pela revista Time. De acordo com a publicação, o tema das finanças se mostrou inescapável em se tratando do clima, num momento em que tomadores de decisão, executivos, pesquisadores e inovadores estão trabalhando para ajudar desbloquear o financiamento e os recursos para impulsionar ações na área.
No texto dedicado a Haddad, a Time classifica o ministro como a "força" por trás da missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em transformar o Brasil em um líder climático global. À publicação, Haddad afirmou que o objetivo do plano de transformação ecológica do governo é mostrar que o planeta é capaz de conciliar uma agenda ambiciosa de sustentabilidade com uma agenda econômica e produtiva ambiciosa.
A revista também cita a emissão dos títulos soberanos sustentáveis promovida pelo governo brasileiro, uma das políticas que, para a Time, colocaria o Brasil apenas na mesma página de seus vizinhos, após a presidência de Jair Bolsonaro. Já a criação de um mercado de carbono, como discutido no Congresso, deixaria o País entre as nações que estão na vanguarda das finanças verdes.
Para a capa da edição que traz a lista dos 100 líderes mais influentes nas áreas climáticas e de finanças, a Time escolheu o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, que assumiu o cargo com a "aspiração de tornar menos arriscado para o setor privado investir na transição energética no Sul Global", descreveu a publicação.
Banga recentemente assinou um artigo com Haddad e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no qual deram destaque para o projeto Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, Tropical Forest Forever Facility), iniciativa lançada pelo governo brasileiro durante a COP28 nos Emirados Árabes que busca viabilizar um mecanismo financeiro atrelado a uma recompensa para países manterem suas florestas protegidas. O artigo foi publicado em outubro, enquanto os três estavam reunidos em Washington, durante os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.