Aeroporto de Belém vai estar preparado para receber a COP-30?
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Dados divulgados pela concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Val-de-Cans apontam crescimento recorde do número de embarques e desembarques em 2024, com um fluxo de 4,1 milhões de passageiros atendidos, o que representa um aumento de 15% em relação a 2023. O recorde registrado anteriormente foi em 2014, com um total de 3,8 milhões de passageiros. Agora, imagine quantos passageiros não deverão desembarcar em Belém, em 2025, ano em que será realizada a COP-30 na capital paraense? E a grande pergunta que não quer calar é: o Aeroporto, administrado pela Norte da Amazônia Airports (NOA), estará preparado para receber esse contingente? E mais: onde estão os R$ 500 milhões destinados às obras neste aeroporto? Com essa “reforminha”, o total gasto não chegará nem a 20% do total.
Sem novos fingers, atrasos são muito prováveis
O que se verifica, na prática, é que as obras que estão em andamento no Aeroporto de Belém visam aumentar a área comercial em 45% e triplicar a área de embarque de passageiros, mas não está previsto o aumento do número de fingers (terminais ou “túneis” onde as aeronaves aportam para o desembarque), o que poderá causar significantes atrasos nos pousos e decolagens e, consequentemente, transtornos para os passageiros. A própria foto acima, com vários aviões no pátio, além dos que estão nos fingers, demonstra a necessidade de mais equipamentos deste tipo para atender ao aumento da demanda.
Calor ainda é um dos maiores gargalos
Não bastassem as obras em andamento, que parecem não atender à enorme demanda de passageiros que o Aeroporto de Belém receberá para a COP-30, faz-se necessário melhorar instalações como banheiros - que estão em estado precário de conversação, desgastados pelo tempo e abandono -, além de equipar o Aeroporto com um novo e moderno sistema de refrigeração, uma vez que hoje parece um forno, diante do calor insuportável, mesmo durante a estação chuvosa. É esperar pra ver...