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Publicado em 7 de abril de 2025 às 12:18
Em preparação para a COP30, a capital paraense, Belém, recebeu, pela primeira vez na história, nesta segunda-feira (7), a Conferência de Alto Nível da ONU – Segurança Humana e Justiça Climática. O evento também visa contribuir para a 30ª Conferência Internacional do Clima - COP 30, que será realizada na cidade das mangueiras, em novembro de 2025. A conferência é uma realização da Organização das Nações Unidas, com apoio do Governo do Estado do Pará e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).>
Pela manhã, estiveram reunidos no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, no bairro da Campina, autoridades como o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente de honra da conferência, Luiz Edson Fachin; o governador do Pará e presidente da Cúpula Amazônia Brasil, Helder Barbalho (MDB); o procurador-geral de Justiça do Pará, César Mattar Jr.; o coordenador-geral da ONU, Edmundo Oliveira; e a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi.>
A cerimônia de abertura contou com uma apresentação musical do coral do Instituto Carlos Gomes, que encantou o público e os convidados com canções regionais.>
Em seu primeiro discurso, Fachin falou sobre os desafios para reduzir o aquecimento global — tema central da COP30 — e destacou a importância da Amazônia no contexto geopolítico internacional. “A Amazônia encontra-se na divisão entre centro e periferia, um ponto estratégico para a realização da conferência. Os países estão sendo desafiados a reduzir o aquecimento global até 2030 para 1,5°C. O desafio é grande, pois o aquecimento não dá sinais de recuo, e esse será o principal assunto da COP, além de outros desafios que enfrentamos”, afirmou.>
O evento também incluiu sessões temáticas que antecipam os debates da Cúpula da Amazônia em 2025, como a implementação de medidas estratégicas para o combate à criminalidade na região. Foi apontado o crime organizado como um dos principais motores da destruição ambiental.>
Além de abordar o apoio às comunidades guardiãs da floresta, o procurador-geral de Justiça, César Mattar Jr., defendeu a criação de políticas integradas de liderança voltadas ao desenvolvimento sustentável, com uso de recursos do Fundo Amazônia para beneficiar populações tradicionais. “O Coplad e as Nações Unidas também falam sobre a redução das desigualdades sociais em Belém e na nossa região. O compromisso do Ministério Público com a inclusão está alinhado com as propostas desta conferência e da COP30. Não podemos falar de prevenção à criminalidade e de equidade climática sem olhar para o povo que guarda a floresta — e isso vale para o mundo inteiro. Precisamos de um olhar diferenciado para as comunidades mais vulneráveis. Muitos precisam do MPPA, alguns precisam ainda mais do olhar das Nações Unidas”, afirmou.>