COP 30 na Amazônia é oportunidade para Brasil liderar agenda climática, diz governador do Pará em Davos

Helder Barbalho também ponderou que COP de Belém terá a revisão do acordo de Paris para estabelecer novas métricas para os desafios ambientais do planeta.

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 09:18

(Governador defende mercado de carbono para o incentivo à bioeconomia por meio  da ciência, conhecimento e pesquisa.)
(Governador defende mercado de carbono para o incentivo à bioeconomia por meio  da ciência, conhecimento e pesquisa.) Crédito: Fonte: Agência Pará

O governador Helder Barbalho afirmou, nesta terça-feira (21), segundo dia da programação do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) 2025, em Davos, Suíça, que a realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém, é uma oportunidade do Brasil liderar a agenda climática do planeta.

“Pela primeira vez teremos o maior momento de discussão ambiental acontecendo na floresta amazônica, maior floresta tropical do mundo, e certamente é uma oportunidade incrível que as Nações Unidas permitem ao planeta, ao mesmo tempo que permite ao Brasil pode liderar esse momento e esta agenda”, afirmou o governador paraense e presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL).

Helder Barbalho afirmou que o governo estadual atua para que o Brasil possa exercer o papel de liderança climática através do exemplo e desenvolvimento de iniciativas próprias voltadas à sustentabilidade, educação ambiental, fortalecimento da economia verde e desenvolvimento socioeconômico sustentável.

Oportunidade estratégica

O governador paraense afirmou que a COP 30 em Belém é uma oportunidade estratégica para deixar um legado para valorização da floresta, construção e fortalecimento da bioeconomia e continuidade da regulamentação do mercado de carbono, o que considerou ser um dos maiores legados do evento.

Ele acrescentou que o evento também dever assegurar “a regulamentação do artigo sexto, que permita com que o mercado de carbono efetivamente possa estar regulamentado e, com isto, possamos estabelecer uma nova commodity global. O mundo busca neutralizar as suas emissões e enxergamos dois pilares. Transação energética para que possamos reduzir as dependências do uso de combustíveis fósseis e valorização da floresta”, avaliou.

Helder Barbalho voltou a afirmar que a floresta viva precisa ser valorizada e acredita que através do mercado de carbono seja possível estimular a bioeconomia através de ciência, conhecimento e pesquisa para fortalecimento da biodiversidade.

“Oportunidades para geração de empregos verdes, produção de pagamento por serviços ambientais, assegurar que a captura do carbono posso assegurar as metas de redução do setor privado e países signatários do acordo de Paris no momento em que Belém permitirá, passado dez anos, que possamos fazer o check list e apontar os novos desafios para as urgências ambientais e encontrar caminhos em equilíbrio das ambições econômicas e os desafios ambientais do planeta”, finalizou.

A apresentação do governador paraense foi durante o painel “Sustainability in Brazil's Future” realizado na Brazil House, um espaço inédito do país durante o Fórum Econômico Mundial. O local é palco de programações com autoridades locais e globais para discutir importantes temas, como sustentabilidade, transição energética, biotecnologia e o papel do Brasil na nova economia.

Fonte: Agência Pará