Em 2025, Pará terá o 3º maior crescimento econômico do país como sede da COP 30

O levantamento prevê que o Pará crescerá 3,5%, impulsionado não só pela mineração e pelo agronegócio, comumente fortes pela especificidade da região, mas também pelo setor de serviços.

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 11:15

Um levantamento mostra que o Pará é um dos que mais terá crescimento econômico no país em 2025. 
Um levantamento mostra que o Pará é um dos que mais terá crescimento econômico no país em 2025.  Crédito: Agência Pará

Um levantamento feito pela Tendências Consultoria, uma das mais renomadas do Brasil, mostra que o Pará, estado brasileiro escolhido para sediar a primeira Conferência Mundial Sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) no Brasil, é, também, um dos que mais terá crescimento econômico no país em 2025. Os números, inclusive, ultrapassam a média nacional, sendo de pouco mais de 2%.

O levantamento prevê que o Pará crescerá 3,5%, impulsionado não só pela mineração e pelo agronegócio, comumente fortes pela especificidade da região, mas também pelo setor de serviços, que vem crescendo nos últimos anos e que será ainda mais aquecido com a realização da COP 30 em novembro, na capital paraense. Belém se apresenta como um polo regional, com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de R$ 20,562 bilhões, demonstrando uma economia diversificada e em crescimento.

A localização geográfica da cidade, à beira do Rio Amazonas, faz de Belém um ponto estratégico para o comércio de produtos como açaí, castanha-do-pará, cacau e peixes, além de ser um importante centro de indústria e serviços. Com uma população de 1,3 milhão de habitantes, o município tem grande importância econômica para o estado e para a Região Norte, atuando como um centro comercial e logístico vital para o escoamento da produção da Amazônia para o resto do Brasil e o exterior.

O fortalecimento e os investimentos para a consolidação da bioeconomia no Estado vão estimular a criação de negócios sustentáveis. Novas oportunidades para a região também serão importantíssimas e deixarão o Pará atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro entre os estados “mais ricos” do país. Atualmente, o Pará responde por 41,4% do PIB regional e a expectativa é que a realização da COP 30 traga impactos ainda mais positivos para o crescimento da economia, por conta da visibilidade que o Estado da Amazônia ganhará.

“O Pará terá sua visibilidade aumentada no cenário nacional e internacional, o que abre portas para novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável, ecoturismo e, especialmente, infraestrutura. Já contamos com mais de 4 bilhões em investimentos na infraestrutura viária, na melhoria da rede hoteleira e de pontos turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia”, pontuou a economista Renata Novaes.

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) projeta o crescimento real da economia paraense em 3,3% e acredita que investimentos estratégicos que devem acelerar esse aumento são a expansão da mineração, as melhorias na infraestrutura logística, a bioeconomia, a energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.

“O Pará, nos últimos cinco anos, com a gestão do governador Helder Barbalho, vem investindo fortemente em um equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta. O estado se destaca não só no crescimento de suas vocações naturais, mas também nos serviços ecossistêmicos e no crédito de carbono, que são cadeias produtivas as quais, cada dia mais, consolidam-se e ganham espaço”, destaca o presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Marcel Botelho.

Para ele, é importante considerar que o Estado do Pará possui uma economia diversificada. “Nós temos um agronegócio pujante, com o segundo maior rebanho do Brasil; uma grande produção e expansão de soja, milho e outros produtos da agricultura e da agrofloresta, como açaí e o cacau, sendo líderes nacionais. Temos uma mineração fortíssima, uma das maiores províncias minerais do mundo se situa no Estado do Pará. Além de termos a maior jazida de ferro do mundo, por isso, a nossa balança comercial sofre outras influências, o nosso PIB sofre outras influências”, ressalta Botelho.