Foto: Ag. Pará
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Festival Toró Cultural debate mudanças climáticas e povos originários, em Belém

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A Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), promove de 24 a 26 de abril, o “II Festival Toró Cultural: Uma Enxurrada de Saberes do Rio que Secou”, no Campus III da instituição, em Belém. O evento é para estudantes, profissionais e demais interessados que podem se inscrever gratuitamente.

A atividade de extensão universitária visa estreitar os diálogos dos acadêmicos das disciplinas Educação Física e Relações Étnicos Raciais e Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação Física com toda a comunidade escolar do curso de Educação Física da Uepa, do curso de graduação em Educação Física da Universidade Federal do Pará (UFPA), bem como interessados que tem a cultura como uma de suas bases de estudo.

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O evento terá a participação de professores, pesquisadores, representante indígena, artistas e estudantes e contará com mesas redondas e diversas oficinas como ações de intervenção pedagógica e sócio artístico e cultural. 

Na primeira edição no ano de 2023, o evento discutiu “o quanto as políticas públicas ainda não alcançaram os fazedores culturais da periferia, onde estes colaboram muito no que diz respeito em trabalhar na coletividade e cooperatividade e, reverberou para que este ano pudéssemos tratar de uma temática ainda mais atual, e considerando a proximidade da COP-30, em Belém, esta edição propõe debater sobre a crise climática na Amazônia a partir dos saberes ancestrais e promover a visibilidade dos territórios Amazônidas como espaço de pesquisa, ensino e extensão”, explica a professora da Uepa, Vera Solange Sousa, coordenadora do Festival.

O Festival Toró é oriundo do Grupo de Estudos em Educação Física, Corpo, Amazônia, o INcorpoRe da Linha de Estudo e Pesquisa em Educação Física, Esporte e Lazer (Lepel Uepa) e o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão das Corporeidades e(m) Ecoperformance (Gipe-Corpo) do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da Universidade Federal da Bahia, que realizam trocas de conhecimentos sobre questões climáticas e Amazônia no sentido de sensibilizar por meio de debates artístico-cultural o quanto o saber ancestral infere para possíveis soluções nessa temática. 

Programação

A abertura da programação, na quarta-feira, 24, às 19h, terá a mesa-redonda: “Gira, girou! O tempo mudou! Que rio de saber ficou!” que irá debater sobre as questões climáticas e suas implicações na realidade vivida e como as pesquisas são inferidas por todo esse processo. Os convidados da mesa são: Kauacy Wajãpi; Luiz Arnaldo Campos; Romana Melo e Rosilene Cordeiro. O evento será no auditório do Campus III da Uepa.

Kauacy Wajãpi, mulher indígena remanescente do território de Mairi, em Belém, é atriz, recreadora cultural, arte educadora, graduanda em licenciatura de ciências Biológicas, tesoureira da Associação Multiétnica Wyka Kwara (AMWK) e articuladora/escritora do Mulherio das Letras Indígenas do Norte. 

“Sou conselheira da política cultural da setorial Indígena do Estado, envolvida nas discussões e construções climáticas da Amazônia e comissão antirracista de Belém. Trago em minha essência e minha vida a resistência ancestral, como leme do meu barco que me direciona em busca da minha ancestralidade e direito ao reconhecimento do meu corpo território, da valorização dos indígenas em contexto urbanizado de Mairi”, disse.  

Na quinta-feira, 25, ocorrem as oficinas de forma simultânea às 10h: Teatro do Pássaro Junino; Maculelê; Jogos e Brincadeiras Indígenas; Brincadeiras de Matriz Africana; Direitos Humanos e Juventude; Jogos e Brincadeiras e Teatro Juvenil. 

Também às 10h, haverá uma Apresentação de Trabalho: “Comunicação Oral e Vídeo-performance”. Na parte da tarde e da noite, respectivamente, serão realizadas as mesas-redondas: “Amazônia e Política Cultural: Um cenário de Mulheridades Amazônidas!” às 15h e “Das Águas do Rio Mar aos Chãos de Concreto da Cidade: Pesquisas que Desbravam a Amazônia em outra Cosmovisão”, às 19h.

Na sexta-feira, 26, a partir das 8h, ocorrerá a mesa-redonda “O PIBID como Caminho de Democratização da Cultura Corporal na Amazônia: Um relato de Experiência”, com a professora Zaíra Fonseca. E em seguida, às 10h, serão realizadas as oficinas: Movimento Estudantil e Pesquisa; Contação de Histórias; Performance; Corpos Dançantes e Tecno-Melody e Dança Contemporânea.

Serviço

II Festival Toró: Enxurrada de Saberes do Rio que Secou

Local: Campus III da Uepa, localizado na avenida João Paulo II, nº 817, bairro do Marco.

A entrada é gratuita, com direito a certificado aos participantes inscritos. 

Inscrições aqui

Com informações da Ag. Pará.

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