Governador do Pará discute créditos de carbono com líder global na Suíça
Governador do Pará discute expansão de créditos de carbono no Fórum Econômico Mundial e destaca avanços no combate ao desmatamento no estado.
Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 17:52
Nesta segunda-feira (20), o governador do Pará, Helder Barbalho, participou de uma reunião com representantes do Mercuria Energy Group durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O encontro teve como objetivo debater o aumento da demanda por créditos de carbono jurisdicionais, no âmbito do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), que está sendo desenvolvido no estado.
Com a presença de Enric Arderiu, vice-presidente, e Celso Fiori, diretor da Mercuria no Brasil, Helder Barbalho apresentou os avanços obtidos na construção do sistema no Pará. Ele destacou que o projeto tem sido conduzido de forma participativa, envolvendo povos indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultores familiares e comunidades tradicionais.
Também participaram da reunião o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, e a secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy.
Estratégia para redução de emissões
O Sistema REDD+ do Pará faz parte das iniciativas previstas no Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que busca reduzir emissões de gases do efeito estufa. O plano estabelece a meta de diminuir pelo menos 37% das emissões provenientes da conversão de florestas e do uso da terra até 2030, com uma redução de 43% até 2035.
Acordo com a Coalizão LEAF
Em setembro de 2024, o Governo do Estado firmou um acordo com a Emergent, organização que coordena a Coalizão LEAF, para negociar 12 milhões de créditos de carbono florestal gerados a partir da redução do desmatamento no Pará entre 2023 e 2026. O valor da negociação pode chegar a quase R$ 1 bilhão.
Para viabilizar o acordo, o Pará está promovendo, em 2025, mais de 30 Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs) com povos indígenas e comunidades tradicionais, que serão diretamente beneficiados pelos recursos gerados pela iniciativa.
