Publicado em 19 de março de 2025 às 20:01
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitou nesta quarta-feira (19) as obras do Parque da Cidade, em Belém, construído pelo Governo do Pará para receber representantes de 190 países durante a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP 30), que será realizada na capital paraense em novembro de 2025.>
Acompanhada pela secretária de Estado dos Povos Indígenas, Pyur Tembé, e pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, Sônia Guajajara acompanhou uma das obras estruturantes do Estado para o grande evento internacional sobre meio ambiente.>
“É a hora da Amazônia falar para o mundo, e não o mundo falar pela Amazônia. E aqui as pessoas vão poder conhecer essa diversidade da Amazônia, e entender o quanto é importante proteger a maior floresta tropical do mundo como uma das grandes contribuidoras para o equilíbrio do clima no planeta. O Brasil espera essa COP para que, daqui, a gente possa ter a participação não só das delegações do mundo todo, mas também o protagonismo dos povos indígenas, das comunidades tradicionais. E que essa possa ser a COP da implementação, onde as decisões, os acordos, podem ser firmados do tamanho que é a emergência que a gente precisa enfrentar”, ressaltou a ministra.>
Realidade amazônica - “É um momento histórico em todos os aspectos. É a primeira vez que um evento com a magnitude da COP vem ao Estado do Pará, e nesse momento em que a gente tem um Ministério e uma Secretaria dos Povos Indígenas. Todo mundo está se esforçando para que a gente possa mostrar a Amazônia e a nossa realidade, porque para falar de clima é preciso ouvir os povos indígenas e as comunidades tradicionais que vivem na floresta. E é por isso que o Ministério está aqui hoje, visitando este canteiro de obras, esta iniciativa de várias frentes para fazer com que a COP seja o melhor evento, e com a maior participação da sociedade civil”, ressaltou a secretária Puyr Tembé.>
“Os nossos povos originários têm sido professores nessa relação equilibrada com a natureza. É muito importante que nós recebamos, hoje, numa visita especial, a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, acompanhada da nossa secretária dos Povos Indígenas, Pyur Tembé, para mostrar que esse é um parque que se preocupa com a preservação do meio ambiente, com transplante de árvores para criar sombra, áreas de convivência e espaços que respeitem a nossa forma de viver. É óbvio que esse será um complexo, a princípio, ocupado pela infraestrutura da COP. Mas a COP será uma COP da Amazônia na Amazônia, e este parque será a casa dos povos da Amazônia”, acrescentou a secretária Ursula Vidal.>
Centro de debates - Construído em uma área de 500 mil metros quadrados, onde funcionava um aeroporto, o Parque da Cidade é o espaço onde ocorrerão os eventos da COP, e também será um dos grandes legados da conferência para Belém. Após o evento, o Parque será entregue para uso da população.>
O projeto final do Parque da Cidade contempla o Museu da Aviação, um Centro de Economia Criativa, o Boulevard Gastronômico, ciclotrilha e ecotrilha, áreas verdes preservadas, lago artificial e instalações esportivas voltadas à promoção da qualidade de vida, lazer, cultura, arte e bem-estar.>