Nasa revela aumento 'inesperado' do nível do mar em 2024

De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais.

Publicado em 13 de março de 2025 às 14:28

De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais.
De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais. Crédito: Reprodução 

A Nasa, a agência espacial norte-americana, revelou nesta quinta-feira (13) que o nível global do mar apresentou uma elevação superior à esperada durante o ano de 2024, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos.

De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais.

"Os dados que coletamos em 2024 demonstram um aumento além do que nossos modelos previram", explicou Josh Willis, pesquisador especializado em níveis oceânicos do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência.

"Embora existam variações anuais, a tendência geral é inequívoca: os oceanos continuam subindo, e a velocidade desse processo está se intensificando progressivamente."

A pesquisa indica uma importante alteração no padrão de contribuição para a elevação do nível do mar.

Tradicionalmente, cerca de dois terços desse aumento eram atribuídos à água proveniente do derretimento de geleiras e camadas de gelo terrestres, enquanto aproximadamente um terço resultava da expansão térmica da água oceânica.

Em 2024, contudo, essa proporção inverteu-se, com dois terços da elevação sendo consequência direta da expansão térmica.

"O ano de 2024 registrou as temperaturas mais elevadas já documentadas, e os oceanos do planeta respondem diretamente a esse fenômeno, alcançando seus níveis mais altos em três décadas de monitoramento", afirmou Nadya Vinogradova Shiffer, responsável pelos programas de oceanografia física e pelo Observatório Integrado do Sistema Terrestre na sede da Nasa em Washington.            Com informações do G1