Publicado em 24 de abril de 2025 às 17:52
Durante a programação das Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, nesta quarta-feira (24), o Brasil apresentou uma proposta ousada para impulsionar o financiamento climático global: a criação do Círculo de Ministros das Finanças da COP30.>
O grupo, lançado oficialmente em Washington pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, busca mobilizar US$ 1,3 trilhão em recursos voltados para países em desenvolvimento. A ideia é que esse grupo ajude a construir o chamado Roteiro de Baku a Belém, conectando as duas próximas conferências climáticas da ONU (COP29 e COP30).>
Participaram do lançamento representantes de países como Azerbaijão, Barbados, China, França, Reino Unido, Índia, África do Sul e Emirados Árabes, além de entidades internacionais, empresas e organizações da sociedade civil.>
"O grupo vai reunir autoridades econômicas para pensar estratégias práticas de financiamento climático, com foco especial nos países que mais precisam", explicou Rosito.>
Entre os projetos brasileiros em destaque estão o Mercado de Carbono Integrado Global e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) – este último foi tema de uma reunião específica realizada ainda durante a manhã.>
A proposta do TFFF é simples, mas ambiciosa: criar um mecanismo global para pagar países que preservarem florestas tropicais. Segundo o subsecretário de Assuntos Econômicos da Fazenda, João Paulo Resende, o fundo está em fase de construção, com o apoio técnico do Banco Mundial e a participação de ao menos 12 países.>
Para a secretária Rosito, o momento exige ação: “Não é só uma agenda técnica, é uma decisão política. A crise climática exige respostas concretas, e o financiamento tem que ser parte disso”.>
A expectativa do governo brasileiro é que todas essas iniciativas ganhem ainda mais força com a realização da COP30 em Belém, em novembro de 2025. Até lá, o país quer consolidar sua liderança no debate sobre desenvolvimento sustentável e financiamento climático global.>