Defesa de paraense presa com cocaína na Indonésia afirma: ‘Não sabia o que levava’

COMPARTILHAR:
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram

A defesa da jovem paraense presa em Bali, na Indonésia, após pousar no país com mais de três quilos de cocaína, afirmou que ela não sabia o que levava ao embarcar para o país asiático. Segundo o advogado Davi Lira, Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, chegou a desconfiar da promessa de aulas de surfe em troca do transporte de uma encomenda até o país e tentou desistir, mas teria sido coagida por pessoas que a abordaram.

O advogado informou que ela não queria mais ir, desconfiou de alguma coisa, mas as pessoas começaram a constrangê-la. Falaram que ela não podia mais desistir da viagem, que eles já tinham gastado dinheiro e o máximo que ela poderia fazer, se ela não quisesse ir, era indenizá-los em 20 mil.

CONTINUE LENDO...

A jovem, natural de Belém, do bairro do Guamá conheceu os suspeitos pelo envio da droga em um “circuito de baladas” de Santa Catarina, estado no qual a mãe dela mora, para fazer tratamento contra uma doença. O advogado ainda contou que os criminosos ainda perguntaram se ela já tinha passaporte internacional. Ela falou que sim, que foi a Portugal. “Eles falaram ‘a gente está precisando levar uma encomenda na Indonésia, mas não está com disponibilidade para ir agora. Tu não quer viajar? Vamos te dar um mês de férias e a gente te matricula em uma escola de surfe para conhecer, aprender”, contou.

“Ela não tinha nem noção de quantos quilos foi pega em Bali. Não sabia dizer qual era o tipo de droga com a qual ela foi pega. Na verdade, a Manuela foi mais vítima de uma organização criminosa do que de qualquer coisa”, afirma.

A família de Manuela agora tenta reunir US$ 150 mil (equivalente a R$ 750 mil) para pagar um advogado criminalista especialista em casos do tipo no país asiático. Para juntar o dinheiro, os familiares fizeram um perfil nas redes sociais pedindo doações via pix. O Itamaraty informou em nota que tem conhecimento do caso, acompanhado pela Embaixada do Brasil em Jacarta, e disse que vem prestando a assistência consular cabível à nacional.

A jovem foi detida no dia primeiro de janeiro, quando desembarcou com a droga dividida em duas malas, mas teve a prisão tornada pública na imprensa internacional após ser indiciada pela polícia internacional, na sexta-feira, 17.

Com informações: Uol

VER MAIS

VER MAIS