A Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa) emitiu uma nota cobrando uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, TRF1, sobre a prisão de Paratê Tembé e Marques Tembé, envolvidos em conflitos com empresas agrícolas do Pará. Segundo a nota, é “batalha jurídica e moral que transcende suas próprias liberdades”.
Paratê Tembé e Marques Tembé estão presos desde o dia 29 de janeiro de 2024, segundo a polícia federal, por liderarem conflitos armados envolvendo povos originários no município de Tomé-Açu, cenário da chamada “guerra do dendê” no estado. A partir dai, o caso deveria ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas ainda não houve julgamento, por conta disso, Parati e Marques seguem há de 60 dias detidos no Presídio de Americano, no Pará.
Hoje, 19, em um evento em alusão a semana dos povos indígenas, no Hangar – Centro de Convenções, povos Turiwara se manifestaram pedindo que houvesse agilidade no processo, pois segundo eles, não há provas que sustente o motivo da prisão dos ex-líderes.
“Já faz mais de dois meses que o meu primo está preso, sem justificativa, sem nada para provar que eles fizeram alguma coisa. Eles estão presos por quê?” Questiona Edvaldo Turiwara, Liderança dos povos Turiwara.
A reportagem do Roma News entrou em contato com o TRF1, que disse preferir não se manifestar. “A Justiça Federal não vai comentar o assunto”, informou.