A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) sedia nos dias 29 e 30 de Abril o I Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR). O evento ocorre no pavilhão de salas de aula, das 14h às 19h30 e faz parte de uma etapa preliminar para a criação de um instrumento de planejamento para o município na área de gestão de riscos e desastres. A atividade é organizada pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Desastres e Geotecnologias na Amazônia, (Geodesastres Ufra), que irá coordenar o desenvolvimento do PMRR Belém a partir da Secretaria Nacional de Periferias (Ministério das Cidades) e apoio da Defesa Civil Municipal. O evento vai reunir palestras, mesas redondas e mapeamento participativo. Inscrições e a programação completa podem ser acompanhadas no link do evento: https://sigaa.ufra.edu.br/sigaa/link/public/extensao/visualizacaoAcaoExtensao/3384
Nesse primeiro momento são convidados especialmente os moradores dos bairros da Terra Firme e Canudos “Outras oficinas serão realizadas ao longo do ano, com outros bairros. A percepção da comunidade tanto na identificação dos problemas de risco quanto na proposição de soluções precisa ser considerada, por isso as oficinas de mapeamento participativo”, explica a coordenadora do Geodesastres, professora Milena Andrade.
O PMRR
O objetivo geral do PMRR é elaborar um plano estratégico para o monitoramento, redução ou controle das situações de riscos nas áreas mapeadas. Ao longo de 2024 serão desenvolvidos 20 PMRRs em todo o Brasil, com coordenação geral do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias, Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e universidades de todo o Brasil. Na Ufra, o desenvolvimento das atividades será no Laboratório Geodesastres, do Instituto Ciberespacial, no campus Belém.
O desenvolvimento do PMRR está previsto para execução durante de 18 meses a contar de março de 2024. “Serão feitos mapeamentos técnicos para setorizações de áreas de risco de inundação/alagamento e erosão costeira na cidade de Belém. Além disso, teremos o envolvimento da comunidade durante atividades previstas de mapeamento participativo”, explica a professora Milena Andrade.
O Geodesastres é formado por uma equipe multidisciplinar, que reúne geocientistas, engenheiros, geógrafos e uma profissional da antropologia. Segundo a coordenadora, atualmente Belém conta com a identificação de 125 áreas de risco já setorizadas pelo Serviço Geológico do Brasil e que foram levantadas em 2021.
“Em geral as áreas de inundação são baixas, variando de 0 a 4 metros de altitude, com baixa declividade, com rios com seus canais retificados e porções muito urbanizadas, há uma intensa impermeabilização do solo”, revela.
No documento final do PMRR-Belém o objetivo é propor medidas estruturais, priorizando Soluções Baseadas na Natureza, e, medidas não-estruturais, tais como indicações de atividades de educação ambiental.
Com informações da Ascom Ufra